Os 63.423 torcedores saíram em silêncio do estádio Santiago Bernabeu, cenário de tantas exibições inesquecíveis e vitórias notáveis, preferindo não acreditar que o Real Madrid – em queda livre desde a saída de Cristiano Ronaldo – tenha perdido (2 x 1) na tarde deste sábado (20) do modesto Levante, sétimo colocado com 13 pontos e que chegou apenas à quarta vitória em nove rodadas do Campeonato Espanhol 2018-2019.
SEIS MINUTOS – Foi o tempo de que o Levante Unión Deportiva, da cidade de Valencia, precisou para fazer os dois gols da vitória, em início arrasador diante de um Real Madrid que preferia não acreditar que estivesse sendo envolvido por um time de menor expressão. O primeiro gol foi de José Luis Morales, ponta-esquerda espanhol, 31 anos, 1,80m, logo aos 7 minutos, e o segundo, aos 13, de Roger Martí, atacante espanhol, 27 anos, 1,79m, de pênalti (toque do zagueiro francês Varane).
OITO HORAS – Coube ao lateral-esquerdo Marcelo, da seleção brasileira, de volta ao time após se recuperar de contusão, quebrar o jejum de oito horas do Real Madrid. Ele fez o gol aos 38 minutos, mas o time parou na reação. A seis minutos do fim, nervoso e por excesso de reclamação, Marcelo foi o único do Real Madrid a receber cartão amarelo do árbitro Cuadra Fernandez. Com a derrota, o Real Madrid é quinto com 14 pontos em 9 jogos, 4 vitórias, 2 empates, 13 gols pró, 9 contra.
SEM BRASILEIRO – O Levante Unión Deportiva, de 109 anos, é da cidade de Valencia e até hoje só ganhou dois campeonatos da segunda divisão, em 2003-04 e 2016-17. Dirigido pelo valenciano Paco Lopez, 51 anos, só tem um estrangeiro como titular, o zagueiro canhoto Erick Cabaco, uruguaio, 23 anos, que foi da seleção sub-20. O ex-ponta Sávio – 92 a 97 no Flamengo e 98 a 2003 no Real Madrid – foi o único brasileiro no Levante, com 12 jogos em 2007.
EM PÂNICO – Em seu pior início de temporada, o Real Madrid está deixando seus torcedores em pânico, a uma semana do próximo jogo, o grande clássico do domingo (28), no Camp Nou, com o Barcelona. O presidente Florentino Perez não terá outra saída, em caso de nova derrota, se não a de demitir o técnico Julen Lopetegui, que contratou dois dias antes da estreia da Espanha na Copa do Mundo de 2018.
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