O River Plate ganhou pela terceira vez a Recopa Sul-Americana, ao vencer (3 x 0) o Atlético Paranaense na noite de ontem (30), diante de 65 mil torcedores enlouquecidos no Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, com os dois gols que garantiram o título nos quatro minutos finais dos acréscimos. O Atlético havia ganho (1 x 0) o jogo de ida, na Arena da Baixada, em Curitiba, e seria campeão com o empate ou levaria a decisão aos pênaltis se perdesse por um gol. 

GOLS NO SEGUNDO TEMPO -O jogo foi disputado com equilíbrio no primeiro tempo, em que a melhor chance de gol foi do River, com o chute do atacante Borré, que bateu na trave aos 13 minutos. Foram poucos os lances de área, sem que Franco Armani, do River, e Santos, goleiro do Atlético, chegassem a ser tão exigidos. Na volta do intervalo, o River fez 1 x 0 aos 18 minutos, depois que o árbitro reviu no VAR o toque do meia Lucho Gonzalez, desviando o escanteio do zagueiro Pinola. O meia Ignacio Fernandez bateu o pênalti, o goleiro Santos defendeu, mas a bola tocou na trave e Fernandez marcou.

NOS ACRÉSCIMOS – O gol levou o time também a se empolgar com a comemoração da torcida e a dominar até o final. Mas, só nos acréscimos, quando a decisão caminhava para os pênaltis, foi que o River marcou mais dois gols. O segundo, que garantiu o título, aos 46, em contra-ataque velocíssimo concluído por Lucas Pratto, e o terceiro, para completar a festa dos enlouquecidos 65 mil torcedores, aos 49, depois de um chutão do goleiro Armani, que o atacante Matias Suarez, em alta velocidade, completou: 3 x 0.

MAIS APLAUDIDO – Depois de duas Recopas – decisão entre o campeão da Libertadores e o da Sul-Americana – invictas, em 2015 e 2016, foi a terceira que o River ganhou, com o técnico argentino Marcelo Gallardo, de 43 anos, ovacionado e com o nome gritado pela multidão. Os torcedores ficaram ainda mais enlouquecidos quando ele disse no som do estádio: “É o nosso melhor presente de aniversário”. O River completou 118 anos de fundação no sábado (25) e comemorou com a conquista da quarta Libertadores, que ganhou em 2018, depois de ter sido campeão em 86, 96 e 2015. O clube é 36 vezes campeão argentino.

Marcelo Gallardo, de 43 anos, foi meia do River de 92 a 97, e depois jogou na França, de 99 a 2007, pelo Mônaco e  PSG. É tratado carinhosamente pelo apelido de “El Muñeco” – O Boneco – e os torcedores não sabem mais o que fazer para homenageá-lo com tantas demonstrações de reconhecimento por seu trabalho. Décimo título do técnico, ídolo da torcida!

PRÊMIO DE 5 MILHÕES – O River Plate vai receber 1 milhão e 200 mil dólares, o equivalente a 5 milhões de reais, pela conquista da Recopa Sul-Americana. Time campeão – Franco Armani, Montiel, Lucas Martinez, Pinola e Angileri (Mayada); Enzo Perez, Palacios (De La Cruz), Ponzio e Ignacio Fernandez; Borré (Matias Suarez) e Lucas Pratto. É o décimo oitavo título internacional do Club Atlético River Plate.

O prestigioso CLARIN, mais importante jornal argentino, destacou em sua edição online: “COM UM FINAL DEMOLIDOR, RIVER GRITOU CAMPEÃO OUTRA VEZ COM A MÃO DE GALLARDO”.

ATLÉTICO – O campeão da Sul-Americana 2018 terá prêmio de 750 mil dólares – R$3 milhões – pelo segundo lugar na Recopa. Time – Santos, Jonathan (Braian Romero), Paulo André, Leo Pereira e Renan Lodi; Wellington, Lucho Gonzalez (Leo Cittadini) e Bruno Guimarães; Nikão (Marcelo Cirino), Rony e Marco Ruben. Técnico – Tiago Nunes. SEIS CARTÕES – River Plate 3 x 0 Atlético Paranaense foi bem apitado pelo chileno Roberto Tobar, que advertiu seis com cartões amarelos: o lateral Montiel e o zagueiro Lucas Martinez, e do Atlético, o lateral Renan Lodi, os meias Wellington, Lucho Gonzalez, Leo Cittadini e Bruno Guimarães.

Foto: A Bola