Rodrigo Pinho, um dos destaques do Marítimo, com a esposa Lígia e o filho Gabriel, na bela paisagem da Ilha da Madeira.
Entre os destaques de 2019-2020 do futebol português, o atacante Rodrigo Pinho, do Club Sport Marítimo, da Ilha da Madeira, em que atua desde 2018, após brilhar duas temporadas no Sporting de Braga. Filho do artilheiro Nando, ex-Bangu, Flamengo e Internacional, Rodrigo herdou do pai a vocação do gol, desde sub-20, artilheiro do Carioca e de uma excursão do Bangu à Europa. Fez também muitos gols pela Cabofriense e Madureira, saindo em 2015 para Portugal, onde se sente muito feliz.
ALEMANHA – Rodrigo Pinho, de 29 anos, nasceu em Henstedt-Ulzburg, a 32 km de Hamburgo, segunda maior cidade da Alemanha, na região Norte do país, com um dos portos mais importantes da Europa, quando o pai, Nando Pinho, que começou no Bangu- vice-campeão brasileiro em 85 – e depois fez 10 gols em 22 jogos pelo Flamengo, em 89, jogava no Hamburgo, em 90-91 –,74 jogos, 18 gols. “A cidade onde o Rodrigo nasceu era perto e o médico alemão falava bem espanhol” – relembra Nando.
VARIADOS – Em resposta a algumas perguntas que enviei, Rodrigo Pinho destacou: “Os técnicos portugueses fazem sempre treinos variados durante a semana. Eles são criativos, gostam de inovar. Mesmo que alguns trabalham tenham fundamento igual, buscam algo diferente para motivar o jogador. Não há tanta diferença nos métodos adotados pelos treinadores portugueses, em comparação com o que fazem os brasileiros. Diria que adotam padrões bem parecidos”.
EXIGENTES – Rodrigo Pinho diz que “os técnicos portugueses são bem detalhistas, minuciosos, exigentes, até mesmo como o jogador posiciona o pé, o que chamava bastante a atenção de todos”. O atacante ressalta ainda: “Os técnicos portugueses têm a preocupação de orientar bem os movimentos dos jogadores, quando estão sem a bola. A ocupação dos espaços, a ajuda na marcação, a cobertura e os deslocamentos fazem parte da cartilha de orientação permanente deles”.
BOLA NO PÉ – O atacante diz também que ficou distante a época de só jogar com a bola no pé: “Era o conceito que havia, não só em Portugal, mas em toda a Europa, de que o brasileiro só se saía bem, quando de posse da bola. O jogar com a bola no pé passou, não existe mais, porque hoje todos precisam saber jogar também sem a bola, e de tanta insistência nos treinos e nos jogos, todos se conscientizam do quanto é importante seguir a orientação do treinador”.
PRELEÇÃO – Rodrigo Pinho diz que os técnicos portugueses são bem objetivos, diretos, claros: “Aquela preleção demorada, antes da saída do hotel para o estádio, não existe. Já trabalhei com técnico que nem mesmo fazia preleção, só confirmava a escalação e fazia uma ou outra recomendação a alguns jogadores. Isso eles também adotam no intervalo, independente do resultado, quando fazem um ou outro ajuste, seja de marcação ou de posicionamento“.
FAMÍLIA FELIZ – A 970 km da agitação de Lisboa, Rodrigo Pinho vive feliz com a família no Funchal, bela e calma capital da Madeira, com a economia voltada para o turismo. A jovem esposa carioca Lígia, que conheceu quando cursavam o ensino médio na Faetec; o filho Gabriel, de 3 anos, e a filha Catarina, de seis meses, só aumentam sua motivação e felicidade: “Esse é o diferencial. Aqui na Madeira nos sentimos tranquilos, com segurança e muito respeito. Uma vida de muita paz” – diz Rodrigo.
LÍGIA E RODRIGO PINHO, nos dias de folga,desfrutam de passeios agradáveis, como no teleférico do Monte, com o Funchal como cenário tão belo quanto visto do Largo das Cruzes; com o lindo Porto da Cruz, ao fundo a Baía de Machico; uma ida ao Chalé Vicente, um dos pontos nobres da variada gastronomia portuguesa, e aplaudir o show sempre renovado do Bailinho da Madeira, a dança folclórica tradicional de uma das ilhas mais visitadas e encantadoras da Europa.
RODRIGO PINHO e sua Lígia, cercados do carinho de Gabriel e cuidando de Catarina, novo xodó da casa, querem aproveitar bem as férias na Madeira. O tempo é curto. 13 de agosto está chegando para a reapresentação e a pré-temporada de 2020-2021, com novo técnico porque José Gomes, que Rodrigo classifica como dos mais competentes, entre os que o dirigiram, trocou o Marítimo pelo Almeria. Junto com os outros nove brasileiros do time, ele espera que o novo treinador seja tão bom.
Foto: Arquivo particular