Escolha uma Página

Quando tudo indicava a sequência do bom trabalho em 2020, não há como deixar de reconhecer que a saída de Vanderlei Luxemburgo foi ruim para o Vasco. Não será fácil encontrar substituto de nível profissional igual, principalmente que se enquadre aos padrões salariais do clube, que demonstrava ambições maiores na próxima temporada.

LUXEMBURGO entrou sob certa desconfiança de boa parte dos torcedores do Vasco, por ter assumido ser torcedor do Flamengo, onde iniciou a carreira de lateral sempre bem modesto, que se tornou em um técnico linha de frente, dos mais vitoriosos do Brasil. Poucos têm tantos registros de títulos, estaduais e nacionais, quanto ele. 

AO ASSUMIR, no 1 x 1 da quinta rodada com o Avaí, o Vasco só tinha o ponto do 1 x 1 com o Corinthians, na terceira rodada, também em São Januário, depois de goleado (4 x 1) na estreia em Curitiba pelo Athletico; de perder (2 x 1) para o Atlético Mineiro, também em São Januário, e dos 3 x 0 do Santos, no Pacaembu.

ENTÃO O VASCO ganhou um ponto no 1 x 1 com o Fortaleza e perdeu (1 x 0) o clássico com o Botafogo. Aí conseguiu as duas primeiras vitórias consecutivas em casa (2 x 1 no Inter e 1 x 0 no Ceará). A primeira vitória como visitante – 1 x 0 no Goiás -, só veio na décima quarta rodada, tirando um peso pesado das costas do time e do próprio Luxemburgo.  

EM RESUMO, Luxemburgo saiu após oito meses, com o equilíbrio dos números podendo ser analisado como ponto a seu favor, por tudo que envolve a situação geral do clube. Em 34 jogos, o Vasco venceu e empatou 12, e perdeu 10. O time que parecia só tentar evitar o rebaixamento, terminou em décimo segundo e com vaga na Sul-Americana.

NÃO FAZ PARTE do meu hábito, analisar problemas internos e assuntos pessoais. No caso da saída de Luxemburgo, louvo-me apenas no resumo do que disse: “Não pedi além da realidade financeira para renovar o contrato. Penso sempre grande e o objetivo em 2020 era o de levar o Vasco a disputar títulos e não apenas se contentar em não ser rebaixado”.

LUXEMBURGO só quis ter do presidente do clube a certeza de que os salários passariam a ser pagos em dia, sem mês de 60, 90 dias ou até mais. Penso que isso o técnico sequer precisava pedir, posto tratar-se de obrigação do empregador e não de favor ao empregado. O Vasco terá que rever essa política, sob pena de perder o apoio dos sócios-torcedores.

Foto: Arquivo Blasting News