Escolha uma Página

Depois do 1 x 1 da noite de ontem (9), na Arena Grêmio, o Santos será semifinalista da Libertadores se mantiver o 0 x 0 no jogo de volta, na próxima quarta (16), na Vila Belmiro, enquanto o Grêmio se classifica com vitória por qualquer resultado. O Grêmio manteve a invencibilidade de 17 jogos, após sofrer a última derrota (2 x 1), precisamente para o Santos, dia 11 de outubro, na Vila Belmiro, pela décima quinta rodada do Campeonato Brasileiro. O Santos perdeu os 100% como visitante na Libertadores.

TENSÃO PURA – O primeiro Grêmio x Santos, que terminou com resultado justo, foi sob muita tensão, do início ao fim: pressão dos técnicos sobre o árbitro, expulsão, reclamações e o gol de empate só conseguido aos 57 minutos do segundo tempo, depois de uma das mais longas consultas ao VAR, em que o árbitro paraguaio Juan Benitez ficou oito minutos fazendo a revisão do pênalti – toque de Vinícius Balieiro, do Santos, após cruzamento do atacante Ferreira -, com os técnicos bem ao lado dele.

A CHANCE – Em jogo equilibrado e disputado com muita vontade, o Santos saiu em vantagem para o intervalo com o gol do atacante Kaio Jorge, que aproveitou aos 36 minutos o erro do goleiro Vanderlei, ao tentar afastar o cruzamento do lateral Pará. Três minutos depois, o árbitro foi salvo pelo VAR, após expulsar o meia chileno Cesar Pinares, do Grêmio, que disputou a bola com o volante Diego Pituca, que fez a falta. E acertou ao retirar o vermelho de Pinares e aplicar o amarelo em Pituca.

FECHADO – Na volta do intervalo, o Santos tentou segurar a vantagem o quanto pôde, mas o Grêmio insistiu muito pelo empate, e aumentou a pressão, após a expulsão do volante Diego Pituca, aos 47, por demora na reposição da bola. Em cruzamento do atacante Ferreira, aos 49, Vinícius Balieiro fez pênalti com o braço. Depois de oito minutos diante da tela e sob pressão dos técnicos, o árbitro confirmou e Diego Souza, aos 57, marcou o gol de empate do Grêmio.

FIM DOS 100% – Em excelente campanha desde a fase de grupos, que terminou em primeiro lugar, o Santos acabou perdendo os 100% de aproveitamento como visitante, após vitórias sobre o Defensa y Justicia, Delfin, Olímpia e LDU. No final, em clima bem mais leve e amistoso, os técnicos Renato e Cuca trocaram cumprimentos. No fim de semana, estarão de volta ao Campeonato Brasileiro: o Grêmio, sábado (12), em Goiânia, com o Goiás, e o Santos, domingo (13), no Maracanã, com o Flamengo.

GRÊMIO – Vanderlei, Victor Ferraz (Churin), Geromel, Kannemann (David Braz) e Diogo Barbosa; Maicon (Darlan), Mateus Henrique e Cesar Pinares (Everton); Luis Fernando (Ferreira), Diego Souza e Pepê. Técnico – Renato Portaluppi.

SANTOS – John Victor, Pará (Jean Mota), Lucas Veríssimo, Luan Peres e Felipe Jonatan; Jobson (Alison), Diego Pituca e Sandry (Vinícius Balieiro); Lucas Braga, Kaio Jorge (Madson) e Marinho (Bruninho). Técnico – Cuca.

COVID-19 – Pouco antes do jogo, o atacante venezuelano Soteldo testou positivo para a Covid-19. Além não jogará domingo (13) com o Flamengo, no Maracanã, e também não participará do jogo de volta com o Grêmio, na próxima quarta (16), na Vila Belmiro.

OITO CARTÕES – Além da expulsão do volante Diego Pituca, por retardar o jogo, o árbitro Juan Benitez, da Associação Paraguaia de Futebol, acertou ao aplicar sete cartões amarelos, em Luan Peres, Jobson, Diego Pituca (antes do segundo amarelo e do vermelho) e Sandry, meia que pela primeira vez foi titular no Santos, e Diogo Barbosa, Maicon e Mateus Henrique. O árbitro acertou em não expulsar o meia chileno Cesar Pinares, do Grêmio, após rever o lance no VAR.

BOM DIZER – Foi apenas o terceiro Grêmio x Santos da história dos times na Libertadores. Em 2007, no antigo estádio Olímpico, em Porto Alegre, o Grêmio venceu (2 x 0, gols de Tcheco, de pênalti, e Carlos Eduardo), e na volta, na Vila Belmiro, o Santos venceu (3 x 1, com dois gols de Renatinho e um gol de Zé Roberto, e Diego Souza para o Grêmio, dirigido por Mano Menezes). Vanderlei Luxemburgo levou o Santos à final, mas perdeu a decisão da Libertadores de 2007 para o Boca Juniors.

Foto: EFE