A decisão de amanhã (30) da Copa Libertadores da América, no Maracanã, terceira entre times do mesmo país e primeira entre equipes do mesmo estado, colocará frente a frente os recordistas de títulos brasileiros e primeiros campeões mundiais de clubes. O Palmeiras, campeão da Copa Rio 1952, vencendo a Juventus, e o Santos, ganhador do Mundial de 1963, pelo segundo ano consecutivo, vencendo o Milan, os maiores campeões italianos de todos os tempos.
MAIOR DO MUNDO – Antes da roubalheira do superfaturamento, nas obras para a Copa de 2014, o Santos registrou o maior público de sua história, no então maior estádio do mundo, na noite da quinta-feira, 14 de novembro de 1963, na vitória (4 x 2) sobre o Milan: 132.728 pagantes. Dois dias depois, no jogo de desempate, em que venceu (1 x 0) e se tornou bicampeão mundial de clubes, o segundo maior público: 120.421 pagantes.
ONZE MESES depois do início da grande campanha, em que nas semifinais eliminaram os times mais fortes da Argentina – Boca, com seis títulos, e River, com quatro -, Palmeiras e Santos entram amanhã, último sábado (30) de janeiro, no Maracanã, com objetivos importantes: o título de melhor da América; o prêmio recorde de R$82 milhões; a classificação direta à fase de grupos da próxima Libertadores, e a decisão do Mundial de clubes com o campeão europeu, na sede da próxima Copa do Mundo.
BOM LEMBRAR – Em sua quinta final de Libertadores, em que ganhou três, o Santos eliminou o Defensa y Justicia (Argentina), Olímpia (Paraguai), Delfin e LDU (Equador), Grêmio (tricampeão gaúcho) e Boca Juniors (maior campeão argentino). Em sua sexta final de Libertadores – campeão pela única vez em 1999 -, o Palmeiras eliminou o Tigre (Argentina), Guarani (Paraguai), Bolivar (Bolívia), Delfin (Equador) e River Plate, quatro vezes campeão e vice-campeão de 2019.
RECORDANDO – Houve duas decisões entre brasileiros, ainda no formato de jogos de ida e volta. Em 2005, o São Paulo ganhou sua terceira Libertadores, após o bi em 92-93, ao vencer o Atlético Paranaense (1 x 1 e 4 x 0), em confronto dos técnicos cariocas Paulo Autuori, do São Paulo, e Antonio Lopes. Em 2006, o Internacional, dirigido pelo carioca Abel Braga, foi campeão ao vencer o São Paulo (2 x 1 e 2 x 2), do técnico paulistano Muricy Ramalho.
O PRIMEIRO – O curitibano Cuca, de 57 anos, é o primeiro técnico brasileiro em final de jogo único e quer repetir a conquista de 2013, quando dirigiu o Atlético Mineiro, no único título da Libertadores. Poucos se recordam, mas o Cuca mais jovem era torcedor do Palmeiras, fã de Leivinha, artilheiro dos anos 70. Cuca foi atacante do Palmeiras, com 7 gols em 24 jogos, nos anos 90, e técnico campeão brasileiro em 2016. Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, pode ser o segundo português campeão.
330 JOGOS – Desde o primeiro, em 3 de outubro de 1915, quando fizeram amistoso beneficente, com renda para flagelados do Nordeste – Santos 7 x 0, o Palmeiras era Palestra Itália -, o clássico já foi disputado 330 vezes, com 138 vitórias do Palmeiras, 105 do Santos, e 87 empates. No Campeonato Paulista, 192 jogos: Palmeiras 93 vitórias, Santos 54, e 45 empates. No Campeonato Brasileiro, 75 jogos: Santos 28 vitórias, Palmeiras 21, e 26 empates. E na grande final de amanhã (30), Santos ou Palmeiras?