Depois de dois 0 x 0, no Morumbi e na Allianz Arena, o São Paulo eliminou o Palmeiras nos pênaltis (5 x 4) neste primeiro domingo (7) de abril e vai decidir o Campeonato Paulista de 2019 nos dois próximos domingos (14 e 21) com o vencedor da outra semifinal, que Santos e Corinthians disputarão na noite desta segunda (8), no estádio do Pacaembu. O último título de campeão paulista do São Paulo foi em 2005, quando ganhou o primeiro campeonato por pontos corridos com duas rodadas de antecipação.
MUITO EQUILÍBRIO – Dentro do esperado e nem mesmo o fator campo ofereceu vantagem, São Paulo e Palmeiras fizeram dois jogos com muito equilíbrio, refletido nos 0 x 0 do domingo anterior (31 de março), no estádio do Morumbi, e no deste primeiro domingo (7) de abril, na Allianz Arena. Houve empate até mesmo nos gols (bem) anulados pelo árbitro de video. R$2.665.699,30. 39.751 pagantes no estádio do Palmeiras, em tarde de tempo bom na capital paulista.
OS PÊNALTIS – Nenê 1 x 0 São Paulo. Bruno Henrique 1 x 1. Everton Felipe 2 x 1. Gustavo Gomez 2 x 2. Hudson 3 x 2. Ricardo Goulart, do Palmeiras, acertou a trave direita. Gonzalo Carneiro 4 x 2. Luan converteu a quarta cobrança do Palmeiras (3 x 4). Fernando Prass defendeu a quinta cobrança do São Paulo, do goleiro Tiago Volpi. Diego Barbosa 4 x 4. Bruno Alves 5 x 4, e o Palmeiras perdeu a décima segunda cobrança da decisão, com o goleiro Tiago Volpi defendendo a cobrança do meia Zé Rafael.
SÃO PAULO – Tiago Volpi, Hudson, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo (Léo, 24 do segundo tempo); Luan, Liziero e Igor Gomes (Nenê, 32 do segundo tempo); Antony, Everton Felipe e Everton (Gonzalo Carneiro, 18 do segundo tempo). Técnico – Alexi Stival (Cuca), paranaense de 55 anos. Cartões amarelos – Hudson, Everton e Reinaldo.
PALMEIRAS – Fernando Prass, Mayke, Luan, Gustavo Gomez e Victor Luis (Diogo Barbosa, 28 do segundo tempo); Felipe Melo, Bruno Henrique, Gustavo Scarpa (Zé Rafael, 20 do segundo tempo) e Ricardo Goulart; Deyverson e Dudu. Técnico – Luiz Felipe Scolari, gaúcho de 70 anos. Cartões amarelos – Gustavo Gomez e Deyverson (cotovelada em Arboleda).
ARBITRAGEM – Flavio Rodrigues de Souza, paulistano de 38 anos, teve boa arbitragem, aplicando com acerto os cartões amarelos e consultando o árbitro de video. Foi sua sexta atuação na Allianz Arena, tornando-se o terceiro árbitro que mais apitou (seis vezes) no estádio do Palmeiras, junto com o paulista Raphael Claus e o gaúcho Anderson Daronco. Foi o oitavo jogo que Flávio dirigiu no Campeonato Paulista de 2019, merecendo cotação elevada da comissão de arbitragem.
SANTOS x CORINTHIANS – Por ter vencido (2 x 1) o primeiro jogo em seu estádio, o Corinthians tem a vantagem do empate na noite desta segunda (8), no estádio municipal do Pacaembu, para ser finalista e decidir o título de 2019 com o São Paulo. O Santos precisa ganhar por dois gols para garantir a vaga na final, sem depender de pênaltis, cujas cobranças serão obrigatórias se vencer por um gol. O jogo será às 20 horas.
O RECORDE – Em menos de duas semanas, o Pacaembu completará 79 anos, inaugurado em 27 de abril de 1940, com a goleada (6 x 2) do então Palestra Itália – hoje Palmeiras – sobre o Coritiba, em amistoso que atraiu 35 mil torcedores. O recorde, até hoje não igualado, foi em maio de 1942 – 71.281 pagantes -, em Corinthians 3 x 3 São Paulo, que promoveu a estreia de Leônidas da Silva, quatro anos antes o primeiro artilheiro do Brasil em Copa do Mundo, com oito gols, em 1938 na França, onde a seleção ficou em terceiro lugar, até então sua melhor colocação nas três primeiras Copas.
Depois de passar por algumas reformas, o estádio teve a capacidade (atual) reduzida para 37.952 lugares. Depois do segundo título mundial que o Brasil ganhou em 1962, um projeto da Câmara Municipal de São Paulo deu ao estádio o nome de Paulo Machado de Carvalho, então dono da TV Record, torcedor apaixonado do São Paulo FC e chefe da delegação na Copa de 58 na Suécia e de 62 no Chile.
Foto: Paulo Pinto / site oficial do São Paulo FC