Alemanha e França, os dois últimos campeões do mundo, abrirão quinta (6) a Copa das Nações, torneio a ser disputado de dois em dois anos, sem interferir na consagrada Liga dos Campeões da Europa, e em que 55 seleções disputarão na fase de grupos, até novembro, as vagas para a fase final, com apenas uma seleção de cada grupo se classificando.
Alemanha – campeã de 2014 no Brasil – e França – campeã de 2018 na Rússia – farão um dos jogos mais atraentes, com os 67.485 lugares da Allianz Arena, em Munique, esgotados há mais de dois meses. É a sequência da França, com o técnico Didier Deschamps, de 49 anos – terceiro campeão do mundo como jogador e técnico, depois de Zagallo e Beckenbauer – mantendo o grupo, e o recomeço da Alemanha, com Joachim Low, de 58 anos, preservado no comando da seleção e que já havia renovado contrato, até 2022, antes mesmo da má campanha na Copa do Mundo de 2018.
Alemanha e França estão no Grupo 1, junto com a Holanda, que já bateu três vezes na trave, após os vice Mundiais de 74, 78 e 2010, quando eliminou o Brasil e perdeu a decisão, na prorrogação, para a Espanha. O Grupo 2 terá os favoritos Bélgica e Suíça, e como terceira força a Islândia, que não correspondeu na Copa de 2018 na Rússia, a não ser no 1 x 1 com a Argentina, quando o grande feito foi a defesa do goleiro na cobrança do pênalti de Messi.
O Grupo 3 colocará frente a frente Cristiano Ronaldo, agora na Juventus – multicampeã italiana -, e a Itália, cuja seleção também está começando a ser refeita pelo técnico Roberto Mancini – terceiro artilheiro da história da Roma -, desde que o antecessor Gian Piero Ventura não conseguiu a classificação, deixando a Itália fora da Copa, o que não acontecia há 60 anos. Itália e Portugal, superiores à Polônia, a outra seleção do grupo, devem decidir a única vaga.
O Grupo 4 apresenta a novidade da Espanha: Luis Enrique Martinez, ex-campeão no Real Madrid e no Barcelona, que assumiu a seleção após a campanha ruim em que Julen Lopetegui foi substituído na antevéspera da estreia por Fernando Hierro. Um grupo equilibrado e muito difícil, embora o técnico da Croácia já tenha antecipado que nove vice-campeões na Rússia não foram convocados por problema de saúde. A outra força é a Inglaterra, por sinal, adversário de estreia da Espanha, na próxima quinta (6), em Wembley, nos arredores de Londres.
Futebol feito com inteligência e profissionalismo pela União Europeia, que substituiu os simples amistosos das datas FIFA por jogos valendo pontos, atraindo grandes arrecadações e valendo vaga em um novo torneio de qualidade como promete ser a Copa das Nações. É fácil entender porque o futebol europeu está muito à frente.