A troca de acusações dos clubes, que deveriam dar o exemplo do equilíbrio, faz prever uma final vergonhosa neste penúltimo domingo de fevereiro, em que a Taça Guanabara será decidida. Não é crível que um setor do estádio, transformado em polêmica de baixo nível e que envolve também a concessionária, possa ser motivo para tantas ofensas e agressões.

É de assustar que o presidente do Fluminense antecipe que os responsáveis por brigas, confusões e morte devem arcar com a responsabilidade, e que seu jurídico está preparado, depois das ameaças que sofreu de seguranças do Vasco em São Januário. Esperava-se que dirigentes de clubes centenários, orgulhosos de seus torcedores, fossem de nível bem mais elevado.

A declaração do comandante do Batalhão, responsável pela segurança, de que vai aumentar o efetivo, também assusta, ainda mais quando ele acrescenta que “a reforma do estádio piorou a relação, precisamente pela ocupação do setor Sul”. Faltava só a posição da concessionária, que acusa o Fluminense de não pagar em dia e de estar tumultando o clima do jogo.

Não falta mais nada. A final vergonhosa está garantida. Mas, com certeza, sem pessoas civilizadas, que sequer devem passar perto do estádio.