CREDENCIADO pelo título carioca de 1951, em que venceu 16 dos 22 jogos, com o artilheiro do campeonato e saldo de 32 gols, Zezé Moreira foi o primeiro técnico do Fluminense, e único até os dias atuais, a dirigir a seleção brasileira, que ganhou o Pan-Americano de 1952, no Chile, com 4 vitórias, 1 empate, 14 gols marcados e 2 gols sofridos. Em 1954, classificou a seleção nas eliminatórias com 4 vitórias, 8 gols e só 1 gol sofrido, para a 5ª Copa do Mundo na Suíça.

NENHUM TÉCNICO igualou o recorde de 467 jogos de Zezé Moreira, campeão invicto da Copa Rio, maior torneio de clubes do mundo da época, em que o Fluminense venceu o Peñarol, base da seleção uruguaia, campeã do mundo em 1950, por 3 x 0, gols de Marinho (2) e Orlando, artilheiros do torneio. Campeão carioca de 1948 no Botafogo, Zezé foi também campeão paulista em 1970 no São Paulo, campeão mineiro de 75 e da Libertadores de 76 no Cruzeiro.

A SELEÇÃO BRASILEIRA de Zezé Moreira, na Copa de 54, foi das primeiras a adotar o 4-3-3, que usava no Fluminense, com o ponta-direita Telê recuando para auxiliar a defesa, o que Zagalo passou a fazer na ponta-esquerda, na Copa de 58. Aymoré Moreira, irmão mais velho, goleiro do Botafogo, foi o técnico da 2ª Copa que o Brasil ganhou em 1962 no Chile. Ayrton Moreira, irmão mais novo, zagueiro, foi o técnico pentacampeão do Cruzeiro no Mineirão (65 a 69).

BOM LEMBRAR: titular em todos os jogos da única seleção brasileira que ganhou duas Copas consecutivas (58-62), Zagalo foi o primeiro campeão do mundo como jogador e técnico (58-62-70), primeiro a dirigir a seleção em duas Copas seguidas (70-74) e recordista de jogos como treinador: 135, com 99 vitórias, 26 empates, 10 derrotas. Telê Santana, grato ao que aprendeu com Zezé Moreira, teve o mestre como observador dos adversários na Copa de 82.

DESDE A 1ª COPA, em 1930, quando teve o atacante Preguinho, capitão e artilheiro da seleção, o goleiro Veloso e o lateral Giudicelli, o Fluminense só voltou a ter três titulares na Copa de 54: o goleiro Castilho e o zagueiro Pinheiro, os que mais vestiram a camisa do clube, e o meia Didi, que saiu em 56 para o Botafogo, campeão carioca em 57 e 61, e bicampeão mundial em 58-62.

Fowto: Terceiro Tempo