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OS ALEMÃES PERDERAM HOJE, 21 de julho de 2022, um dos maiores atacantes e ídolos de sua grandiosa história de quatro títulos mundiais. Uwe Seeler morreu aos 85 anos, deixando o recorde de 764 gols em 810 jogos, que estabeleceu entre 1953 e 1972, até hoje sequer igualado por outro artilheiro do clube. Tal como Nilton Santos, ele só vestiu, e honrou, a camisa de um clube, e a da seleção.

SÍMBOLO DE UMA CARREIRA MARCANTE de 26 anos no Hamburgo, Uwe Seeler era chamado de “Rei dos 18 metros”, em alusão à dimensão da grande área, onde no bate-rebate, e na bola alta, mesmo só com 1,69m, era insuperável por sua impulsão fora do comum, na ponta dos pés. Oito vezes artilheiro e três vezes melhor jogador do campeonato, foi campeão alemão em 1960 e da Copa da Alemanha em 1963.

UWE SEELER FIGURA ENTRE OS NOTÁVEIS que nunca foram campeões do mundo, capitão da seleção em 40 jogos e apesar de ter disputado quatro Copas consecutivas. Ele chegou tarde para ser campeão em 1954, na memorável virada por 3 x 2 sobre a favorita Hungria, no estádio Wankdorf, em Berna, e saiu cedo para ser coroado em 1974, em outra virada histórica, por 2 x 1 sobre a Holanda, no Estádio Olímpico de Munique.

VICE-CAMPEÃO NA FINAL HISTÓRICA de 1966, no então Estádio Imperial de Wembley, em que perdeu para a Inglaterra por 4 x 2, e 3º em 1970, em que ganhou do Uruguai por 1 x 0, no Estádio Azteca, Uwe Seeler sentia-se feliz ao lembrar que marcou gol em suas quatro Copas – 1958, 1962, 1966 e 1970 -, e mais que isso, honrado por formar com Pelé, Klose e Cristiano Ronaldo o quarteto que conseguiu tal feito.

FONTE DE INSPIRAÇÃO de Gerd Muller, artilheiro da Copa de 70 e segundo maior goleador da história do Bayern, só superado após 50 anos por Lewandowski, Uwe Seeler foi reconhecido por Franz Beckenbauer, campeão do mundo como capitão em 74 e técnico em 90, como “símbolo da raça e da garra de uma geração que marcou época no futebol alemão e mundial”.  Que Deus dê muita luz ao espírito de Uwe Seeler.

Fotos: DW | Sapo Desporto