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O Vasco não ganhou a edição histórica de 50 anos da Copinha, mas merecia mais na decisão que perdeu (3 x 1) nos pênaltis para o São Paulo, depois de chegar aos 2 x 2, com grande reação, após ficar em desvantagem (2 x 0). É preciso que se faça justiça ao time sub-20 do Vasco, por toda a campanha, e não só pela atuação na final do Pacaembu. Um time forte, entrosado, bem treinado, corajoso, raçudo, com disposição para reagir e evitar uma derrota que parecia certa.

Depois de sofrer os 2 x 0, aos sete do segundo tempo, o Vasco perdeu três chances incríveis para a virada em quatro minutos, as duas primeiras com Caio Lopes, aos 10 e aos 12, e a outra com Tiago Reis, aos 14, todos livres na pequena área. Mais adiante, em sete minutos, igualou o placar com o belo gol de falta de Lucas Santos aos 31, e o de Tiago Reis, até então apagado, aos 38, como foi no quarto pênalti, sem firmeza, ao correr inseguro para a cobrança.

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ARTILHEIRO – Mais presente, o São Paulo só fez 1 x 0 aos 39, com a cabeçada de Gabriel Novaes – artilheiro da Copinha com 10 -, completando o lançamento de canhota, feito da direita, por Antony, que na volta do intervalo ampliou a vantagem aos 7, ao driblar Coutinho e finalizar de canhota, após o lançamento do meia Rodrigo Nestor. O São Paulo parecia com o domínio do jogo, mas o Vasco reagiu bem e conseguiu o primeiro gol com Lucas Santos cobrando a falta de Tuta em Tiago Reis aos 31.

Gabriel Novaes comemora o primeiro gol São Paulo (Ricardo Moreira/Fotoarena/Folhapress)

O EMPATE – O Vasco seguiu com boa postura e determinou o ritmo do jogo, obrigando o São Paulo a recuar e a fazer três mudanças simultâneas, um minuto depois de sofrer o primeiro gol. Tiago Reis estava sem brilho, mas aos 38 soube amortecer no peito o bom lançamento de Riquelme e finalizar para o gol de empate. O São Paulo sentiu, o Vasco cresceu, mas as chances diminuíram porque o adversário encurtou os espaços no campo de defesa.

OS PÊNALTIS – O São Paulo converteu o primeiro com o meia canhoto Edcarlos cobrando rasteiro, da mesma forma como Lucas Santos empatou, de pé direito, também do lado esquerdo, tornando-se o único do Vasco a converter. O zagueiro Morato, outro canhoto, bateu no alto: São Paulo 2 x 1. O goleiro Tiago Couto defendeu a cobrança de Tiago Reis. O zagueiro Tuta, de pé direito, fez 3 x 1. Gabriel acertou o travessão. Marcos Júnior chutou por cima, e o goleiro defendeu a última cobrança do Vasco, do canhoto Riquelme.

OS CAMPEÕES – Tiago Couto, Caio, Tuta, Morato e Wellington (Fasson); Diego, Rodrigo Nestor (Vitinho), Paulinho (Marcos Júnior) e Antony (Edcarlos); Gabriel Novaes (Sena) e Fabinho (Anderson). Técnico – Orlando Ribeiro. Quarto título do São Paulo – 93, 95, 2002 e 2019 – em 11 finais. Na campanha, 28 gols pró, 9 contra. Artilheiro – Gabriel Novaes, 10 gols.

APOIO TOTAL – O técnico Orlando Ribeiro e todos os jogadores ganharam o apoio total de André Jardine, técnico da equipe principal do São Paulo, que almoçou com a equipe e esteve o tempo todo com o grupo. Gaúcho de 38 anos, Jardine comandou o time sub-20 até 2018 e foi promovido à equipe principal após a demissão do uruguaio Diego Aguirre.

ARBITRAGEM – A Federação Paulista inovou, com duas assistentes: Tatiane Camargo e Fabríni Costa, auxiliares do árbitro Douglas Flores. Os 117 árbitros da Copa São Paulo, disputada por 128 times, divididos em 32 grupos em 30 sedes, só merecem elogios pelas atuações seguras e discretas. A renda de São Paulo x Vasco foi de R$874.745,00. 33.199 pagantes. O jogo é um dos pontos altos do aniversário da maior cidade do país: São Paulo comemorou 465 anos de fundação

DRENAGEM – A Federação Paulista de Futebol merece parabéns pela organização, sem falha em todos os jogos. A administração do estádio Paulo Machado de Carvalho – homenagem ao chefe da delegação brasileira nas Copas do Mundo de 58 e 62 – também é digna de elogios por saber cuidar da drenagem do Pacaembu. Apesar da chuva intensa, com vento forte em todo o segundo tempo, o gramado continuou em excelentes condições.

SOLIDARIEDADE – Todos os jogadores do São Paulo rasparam a cabeça, em apoio à torcedora Larissa, de seis anos, que sofre de câncer no cérebro, e entrou em campo com o time. Ao receberem as medalhas e a taça, todos os jogadores do São Paulo usavam camisa com a palavra TETRA e logo abaixo o número 4. O presidente do clube também usava a mesma camisa ao entregar as medalhas aos jogadores. O ex-jogador Mauro Silva, da seleção campeã do mundo de 94, também estava no palanque.

VICE-CAMPEÕES – Alexander, Caio Tenório, Ulisses, Norões e Coutinho (Riquelme); Bruno (Laranjeira), Linnick (Alexandre) e Caio Lopes; Lucas Santos, Tiago Reis e João Pedro (Talles). Técnico – Marcos Valadares. O Vasco perdeu a segunda decisão e continua com o único título, ganho em 1992. Na campanha de 2019, 22 gols marcados, 7 sofridos.

TRÊS COM QUATRO – Três times estão iguais com quatro títulos da Copa São Paulo: Internacional, São Paulo e Flamengo, campeão de 2018. O Corinthians é o maior ganhador com 10 títulos, o dobro do Fluminense, cinco vezes campeão.

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