O problema do Vasco não é de técnico, é de time. O time do Vasco é fraco e quem diz quem diz que o time do Vasco é fraco, não sou eu, é o que o time do Vasco joga. Sem bons jogadores, nenhum técnico pode fazer um time jogar bem, por mais capaz que seja. Como dizia Oto Glória, técnico do século passado,”não se faz omelete sem ovos“. O Vasco terá que conseguir dinheiro e investir em contratações, se quiser terminar 2020 sem sufoco.
SALÁRIO – O Vasco não consegue equilíbrio financeiro para manter o pagamento dos jogadores. O mês do Vasco tem mais de 60 dias. Não só os jogadores, mas também comissão técnica e funcionários convivem com o desagradável problema de receber sempre com atraso. Todo contribuinte, que não paga no vencimento, paga com multa. Por que não aplicar multa nos clubes, como Vasco e alguns outros que pagam (muito além) do vencimento?
FIGURANTE – O Vasco caminha de modo melancólico para terminar 2020 como mero figurante em todas as competições. Ficou fora das finais da Taça Guanabara, vai ficar fora das finais da Taça Rio; vai ser eliminado da Copa do Brasil; sem pique para ir longe na Copa Sul-Americana e vai entrar no Campeonato Brasileiro apenas para tentar evitar o rebaixamento, o que tem feito parte de sua rotina.
ABEL BRAGA – A demissão de Abel Braga, confirmada ontem (16), não fugiu ao prazo inferior a três meses, tempo médio de permanência de um técnico em clube brasileiro, com raras exceções. Foi a terceira vez que Abel dirigiu o Vasco, saindo com quatro vitórias, cinco empates, cinco derrotas e saldo negativo de gols (8 a 10). Antes, ele havia comandado o time em 95 e 2000, época em que o Vasco era mais bem administrado.
MAIS JOGOU – Embora formado na base do Fluminense, o Vasco foi o time em que Abel Braga, hoje aos 67 anos, mais jogou: 171 jogos, 11 gols, entre 76 e 79. Ele foi do bom time dirigido por Orlando Fantoni, campeão carioca de 77, antes de sair para o PSG, que defendeu de 79 a 81, em 45 jogos, com 10 gols.
ABEL BRAGA, vitoriosotambém como técnico, campeão carioca e brasileiro no Fluminense (2005 e 2012); campeão carioca no Flamengo (2004 e 2019); campeão no Internacional, gaúcho em 2008 e 2014, da Libertadores e do Mundial de clubes em 2006. Bicampeão paranaense, em 98 no Athletico, e em 99 no Coritiba. Um currículo que merece respeito.
Foto: Esporte R7