Antepenúltimo entre os vinte da Série B e sem vencer há três jogos, o Vasco voltou a jogar mal e só se classificou pela tangente para as oitavas de final da Copa do Brasil, beneficiado pelo empate (1 x 1) da tarde desta quarta (9) com o Boavista, em São Januário, porque havia ganhado (1 x 0) o jogo de ida em Bacaxá. O atacante mineiro Michel Douglas fez o gol do Boavista aos 13, e na volta do intervalo, o atacante argentino German Cano empatou aos 27.
FALTA DO VAR – A CBF engole um elefante e se engasga com uma azeitona. A falta do VAR, mais barato do que outros gastos supérfluos, criou uma confusão de nove minutos, aos 15 do segundo tempo, quando jogadores e o técnico do Vasco cercaram o árbitro José Mendonça, do Paraná, para reclamar da anulação do gol de empate de Gabriel Pec. Os do Boavista estavam com a razão porque German Cano fez o gol depois de um toque de mão de Gabriel Pec.
NOVE MINUTOS – Grita daqui, esbraveja dali, o jogo ficou nove minutos parado e o árbitro reiniciou reconhecendo a irregularidade no lance. O Vasco empatou aos 27, com bom cruzamento de Leo Jabá da esquerda, completado de primeira por German Cano. O gol do Boavista foi de Michel Douglas aos 13 do primeiro tempo, com chute forte, mas o lance mais bonito do jogo foi logo aos quatro minutos, quando Gabriel Pec encobriu o goleiro, que ainda evitou o golaço.
QUATRO GOLS – Depois de ultrapassar os 28 gols do sérvio Petkovic e os 30 do argentino Alfredo Gonzalez, e de se tornar o terceiro artilheiro estrangeiro do Vasco, o argentino German Cano está a quatro gols de se igualar ao paraguaio Silvio Parodi, com 37 gols em dois períodos no clube: 54-55 e 57-58, integrando um dos grandes ataques do Vasco: Sabará, Maneca, Ademir, Pinga e Parodi. O uruguaio Villadôniga foi o estrangeiro que fez mais gols com a camisa do Vasco: 83, entre 1938 e 1942.
FOLHA GARANTIDA – Campeão da Copa do Brasil em 2011, seu último título em nível nacional, o Vasco se classificou às oitavas de final e receberá R$2.700 mil, garantindo a folha de pagamento do próximo mês e ainda ficando com troco. Conseguida a quarta participação nas oitavas, o objetivo agora é que o time chegue pela terceira vez às quartas de final. O próximo adversário dependerá do sorteio. Ao Boavista, resta a Série D, com jogo domingo (13) com o Santo André.
VANDERLEI, Leo Matos, Ernando, Ricardo e Zeca; Michel (Rômulo), Galarza (Bruno Gomes) e Sarrafiore (Marquinhos Gabriel); Leo Jabá (Figueiredo), German Cano e Gabriel Pec (Morato) – o Vasco do técnico carioca Marcelo Cabo, que continua precisando fazer o time render bem mais do que tem apresentado. O goleiro Vanderlei saiu irritado para o intervalo, sem admitir a passividade da equipe, que perdia e não mostrava capacidade de reação.
PRIMEIRA VITÓRIA – No próximo jogo, sábado (12), no estádio Bento Freitas, em Pelotas, no Sul gaúcho, Brasil e Vasco tentarão a primeira vitória, após uma derrota e um empate. Nas rodadas seguintes, o Vasco fará dois jogos seguidos em São Januário, com Avaí e CRB, antes de ir ao Mineirão jogar com o Cruzeiro, único sem ponto nas duas primeiras rodadas. Os quatro primeiros: Brusque, Náutico, Guarani e Botafogo. Os quatro últimos: Londrina, Vasco, Avaí e Cruzeiro
MINUTO DE SILÊNCIO – O Vasco respeitou antes do jogo com o Boavista um minuto de silêncio pela memória de Jacynir Faria, pai de seu ex-meia Bismarck, campeão carioca 88, 92, 93 e campeão brasileiro 89, e depois campeão japonês no Verdy e no Kashima. Bismarck foi também campeão da Copa América 89; da seleção na Copa de 90 e campeão carioca 2002 no Fluminense. Hoje, aos 51 anos, é agente bem-sucedido de jogadores, graças à sua conduta sempre muito ética.
VIRADA DO ABC – Depois de perder por 3 x 1 o jogo de ida na Arena Condá, em Chapecó, no Oeste catarinense, o ABC precisava vencer a Chapecoense por diferença de três gols, e conseguiu. Na tarde desta quarta (9), no estádio Frasqueirão, em Natal, o recordista de títulos (56) de campeão norte-riograndense venceu por 3 x 0, gols de Marco Antonio e Wellington (2), classificando-se às oitavas de final da Copa do Brasil. Dia 29 o ABC comemora 106 anos.
MAIOR GOLEADA – Após a derrota por 3 x 2 em Teresina, o São Paulo precisava vencer o 4 de Julho, do Piauí, por dois gols, e abusou. Depois do susto, com o gol de Dudu Beberibe logo no primeiro minuto, o São Paulo impôs ao time da cidade de Piripiri a maior goleada da Copa do Brasil: 9 x 1. Desde 2017, nos 3 x 0 no PSTC, de Cornélio Procópio, um jogador do São Paulo não marcava três gols em um jogo: Pablo conseguiu o hat-trick no Morumbi.
DÉCIMA MAIOR – 9 x 1 no 4 de Julho Esporte Clube, cujo nome foi escolhido em homenagem ao dia da emancipação política da cidade de Piripiri, a 160 km da capital Teresina, foi a décima maior goleada da história de 91 anos do São Paulo FC. Além dos três gols de Pablo, Luciano marcou dois e Gabriel Sara, Bruno Alves, o argentino Emiliano Rigoni e o gol contra do lateral Chico Bala, maranhense de 27 anos, completaram a goleada de 9 x 1.
Foto: UOL