Com as derrotas do Botafogo e do Fluminense, que perderam posições, e o empate do Vasco, que ainda não aprendeu a ganhar para deixar de ser lanterna, a sexta rodada do Brasileirão 2019, concluída com CSA 1 x 0 Goiás e Avaí 1 x 2 Ceará, na noite de ontem (27), só foi boa para o Flamengo, que salvou o futebol carioca com a virada espetacular, levando mais de 50 mil ao delírio no Maracanã. Melhor do Rio, o Flamengo está em sexto com 10 pontos e só a seis pontos do Palmeiras, líder e único invicto.
60 JOGOS, 131 GOLS – Com os 22 gols marcados sábado, domingo e ontem (27), o Brasileirão 2019 registra 131 gols em 60 jogos, média de 2.18 gols por jogo. Dos 131 gols, 65 no primeiro tempo. O Palmeiras, líder isolado e único invicto, mantém o ataque mais positivo (13) e a defesa menos vazada (1). O Fluminense tem o segundo melhor ataque (12), e o Flamengo, o terceiro (11), e o artilheiro isolado Bruno Henrique (4). O Fluminense tem Pedro e João Pedro, entre os oito vice-artilheiros, com 3 gols.
SETE VIRADAS – Em 60 jogos, sete foram ganhos de virada, e o Flamengo foi o único com duas: 3 x 1 no Cruzeiro e 3 x 2 no Atlético Paranaense. A virada do Fluminense no Grêmio, em Porto Alegre, foi no jogo com mais gols: 5 x 4. As outras quatro viradas: Bahia 3 x 2 Corinthians, Ceará 1 x 2 Atlético Mineiro, Chapecoense 1 x 3 Fortaleza e a da noite de ontem (27), Avaí 1 x 2 Ceará. Na primeira vitória, 1 x 0 no Goiás, o CSA chegou ao segundo gol em seis jogos, pior ataque do Brasileirão 2019.
RECORDE DO BOTAFOGO – Na derrota para o Palmeiras, o Botafogo estabeleceu recorde muito difícil de ser superado, ou até mesmo igualado, por outro time no Brasileirão 2019: 11 cartões amarelos! Nove para os que estavam em campo, um para jogador na reserva e outro para o treinador de goleiros.O recurso interposto ontem (27) para tentar anular o jogo com o Palmeiras, com certeza será rejeitado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Seria a abertura de precedente gravíssimo.
DOIS SEM VITÓRIA – Não à toa, penúltimo e último, AvaíeVasco são os únicos que ainda não venceram e acumulam saldo negativo após seis rodadas, com três derrotas. O pior saldo é o do Vasco, que marcou 5 e sofreu 12 gols. O Avaí fez 4 gols e sofreu 7. É a campanha mais decepcionante de um time na volta à Série A. Sem saldo, só o Fluminense – 12 gols pró, 12 gols contra – e o Atlético Paranaense, que marcou 9 e sofreu 9, após os três da virada que levou do Flamengo.
SEIS SEM EMPATE – Botafogo, Fluminense, Cruzeiro, Atlético, Ceará e Goiás ganharam e perderam, mas ainda não empataram após seis rodadas do Brasileirão 2019.
MANDANTES COM FOLGA – É bem ampla a vantagem dos mandantes, após 60 jogos no Brasileirão 2019, com 20 vitórias a mais que os visitantes (34 a 14). Dos 12 empates, cinco 0 x 0, dois na conta do Santos e do CSA. O Santos com o CSA, em Maceió, e com o Internacional, na Vila Belmiro, e o outro 0 x 0 do CSA foi com o Avaí, em Floripa. Os outros 0 x 0 foram em Corinthians x Grêmio e São Paulo x Bahia.
GESTO BEM FEMININO – Primeira árbitra a apitar no Brasileirão 2019, a paranaense Edna Alves Batista, de 39 anos, inscrita pela Federação Paulista, teve uma atitude elogiável em CSA 1 x 0 Goiás, na noite de ontem (27), no estádio Rei Pelé, em Maceió. Aos 15 minutos do primeiro tempo, a bola bateu em seu pé e prejudicou um ataque do Goiás. Ele deu bola ao chão para que o time visitante voltasse a ficar com a posse da bola para reiniciar a jogada. Um gesto delicado, bem feminino. Exceção no futebol.
EMPRESÁRIO PRESO – O jogo isolado que abriu sábado (25) a sexta rodada, Botafogo 0 x 1 Palmeiras, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, levou o ex-jogador Roni, agente de eventos esportivos, a ser preso pela Polícia Civil. Em seis rodadas, foi o segundo jogo do Brasileirão 2019 que ele promoveu, depois de Vasco 1 x 1 Corinthians, na Arena da Amazônia, em Manaus. Não são poucos os crimes de evasão fiscal de que é acusado. E ele já estava com a terceira marcha engatada para um torneio em Fortaleza, durante o recesso do campeonato por causa da Copa América.
FUTURA PRESIDENTE – A fluminense Leila Pereira, de 54 anos, nascida em Cabo Frio, de família vascaína e que só passou a gostar de futebol por influência do marido, torcedor do Palmeiras, deve ser a sucessora do paulistano Maurício Galliote, de 50 anos, administrador de empresas e pós-graduado em marketing, eleito em 2016 e com mandato até 2021 na presidência do Palmeiras. Esse foi um dos comentários ouvidos com mais frequência no Botafogo x Palmeiras, em Brasília.
LEILA PEREIRA é conselheira do Palmeiras e entrou firme no clube com o patrocínio de duas grandes empresas, das onze de que é gestora: a FAM – Faculdade das Américas – e a Crefisa, anunciantes de prestígio do campeão brasileiro de 2018, que segue firme, após seis rodadas como líder absoluto e único invicto – ataque mais positivo e defesa menos vazada -, no caminho do bi. Poucos sabem, mas Leila tem dois cursos superiores feitos no Rio: formou-se em Direito na Cândido Mendes e em Jornalismo na Estácio de Sá. Na extinta TV Manchete, ela fez a cobertura da Copa do Mundo de 90 na Itália.
Foto: Fox Sport