COM JULGAMENTO previsto para os primeiros dias de novembro, o ex-jogador Daniel Alves, de 40 anos, deve ser condenado pela Justiça espanhola a 10 anos de prisão e indenização de 150 mil euros (R$785 mil) à vítima do estupro que cometeu na madrugada de 30 de dezembro de 2022, na boate Sutton, em Barcelona. Preso desde 23 de janeiro, ele foi transferido para Brians 2, penitenciária a 40 km de Barcelona, onde está em cela individual, com banheiro.

A SECRETARIA DE JUSTIÇA da Catalunha negou qualquer ameaça a Daniel Alves na penitenciária de Brians 1, informando que a transferência preventiva se deu porque o presídio em que estava era maior e abrigava muito mais detentos. Sobre o comportamento do ex-jogador, nenhuma restrição. Os agentes penitenciários dizem que “Daniel Alves tem se mostrado calmo, reafirmando que não cometeu agressão sexual e esperando pela decisão da Justiça”.

UMA ADVOGADA catalã de 35 anos, especialista em direito penitenciário, assumiu a defesa de Daniel Alves, depois que o venezuelano Cristobal Martell Perez Alcalde, de 61 anos, um dos juristas mais conceituados de Barcelona, fez acordo com o ex-jogador para não continuar com o processo. Cristobal Martell resumiu: “Não há mais como defender. A decisão da Justiça está tomada e ele não será punido com menos de dez anos de prisão”.

DE ACORDO COM O JURISTA, que já defendeu muitos políticos, e famosos como Messi e Neymar, envolvidos em fraudes fiscais quando jogavam no Barcelona, Daniel Alves se complicou, e teve a prisão preventiva decretada, por ser incnsistente nas declarações: “Primeiro, disse que não conhecia a moça; depois, revelou que manteve relações sexuais com ela, mas de forma consentida, o que a vítima sempre negou”.

DANIEL ALVES chegou a contar com o apoio da ex-mulher, que viajou a Barcelona, com os filhos, para acompanhar o caso de perto e se solidarizar, mas que acabou desistindo. Dinorah Santana, mãe de Victoria e Daniel Jr, foi casada com ele de 2008 a 2011, e confessa arrependimento por ter voltado à Espanha para tentar ajudá-lo: “Para mim, ele morreu”. O auge de Daniel Alves foi de 2008 a 2016 no Barcelona, em 391 jogos, 21 gols e 13 títulos.

Foto: Andre Penner/AP