Foto: museudapelada.com
Nesta primeira segunda-feira (3) de dezembro de 2018 faz 40 anos que o zagueiro Rondinelli marcou de cabeça, aos 41 minutos do segundo tempo, o gol do título carioca de 1978, que o Flamengo ganhou na decisão com o Vasco. Zico bateu o escanteio da direita e Rondinelli subiu e se antecipou ao zagueiro Abel para cabecear forte, à direita do goleiro Leão, que saltou em vão. Com o gol e pela garra em todos os jogos, Rondinelli passou a ser chamado de Deus da Raça, pela torcida Raça Rubro-negra.
Foi o único gol que Rondinelli marcou naquele campeonato: “Teve um sabor muito especial pelo título, que seria do Vasco se o jogo acabasse empatado e faltavam poucos minutos” – recorda o ex-zagueiro, hoje aos 63 anos, nascido em 26 de abril de 1955 – ano do primeiro tricampeonato do Flamengo no Maracanã -, na cidade paulista de São José do Rio Pardo.
439 JOGOS – Antonio José Rondinelli Tobias começou na base do Flamengo, em 1968, quando o futebol do clube era todo na Gávea. Dos 439 jogos em 16 anos consecutivos como profissional, Rondinelli disputou 406 pelo Flamengo e marcou 12 gols. Hoje ele se divide entre a cidade onde nasceu e Cabo Frio, no litoral fluminense, onde criou o bloco Vermelho e Preto, que anima o Carnaval e o ajuda a desenvolver bons projetos sociais, culturais e esportivos.
120 MIL – Rondinelli recorda sempre com muita alegria a festa que eram os clássicos no antigo Maracanã: “As torcidas faziam um grande show, na geral e na arquibancada. Um espetáculo maravilhoso, que nos motivava desde que subíamos as escadas do túnel para entrar em campo”. Naquele domingo 3 de dezembro de 1978, quando Rondinelli fez o gol do título e passou a ser o Deus da Raça, Flamengo 1 x 0 Vasco teve 120.433 pagantes!
FLAMENGO – Cantarelli, Toninho, Manguito, Rondinelli e Júnior; Carpegiani, Adilio e Zico; Marcinho, Cleber (Eli Carlos) e Tita (Alberto). Técnico – Claudio Coutinho. VASCO – Leão, Orlando, Abel, Gaúcho e Marco Antônio; Helinho, Guina e Paulo Roberto; Wilsinho (Paulo Cesar), Roberto Dinamite e Ramon (Paulinho). Técnico –Orlando Fantoni. O árbitro José Roberto Wright expulsou Zico e Guina. O campeonato terminou com três artilheiros com 19 gols: Zico, Roberto e Claudio Adão, que não participou do último jogo. Bom lembrar: na época, cada time só podia fazer duas substituições.
REPÓRTER de campo da Rádio Nacional, eu estava atrás do gol à esquerda da tribuna de honra, onde Rondinelli fez o gol único do jogo. O escanteio foi cedido pelo lateral-esquerdo Marco Antônio, ex-Fluminense, e a bola parou na mão do fotógrafo uruguaio, tratado sempre pelo apelido Tchê – rubro-negro fanático –, que a entregou com muita pressa para Zico e disse: “Rápido, Galo. Bate rápido que está acabando o jogo”. Rondinelli comemorou com três cambalhotas.
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