Escolha uma Página

Como se não bastassem outros ingredientes, Brasil e Argentina fazem na noite de hoje (2), no Mineirão, uma semifinal inédita da Copa América, valorizando ainda mais a história centenária de seus confrontos, iniciada em 20 de setembro de 1914, em Buenos Aires, em jogo da Copa Roca que os argentinos venceram (6 x 1) e que chegou aos 105 jogos, em 16 de dezembro de 2018, quando o Brasil venceu (1 x 0) o último jogo, em amistoso em Jeddah, capital da Arábia Saudita.

ÚNICA DERROTA – Esta será a décima quarta semifinal da Argentina, que sofreu apenas uma derrota (1 x 0) para o Uruguai, em 1987. Os argentinos têm motivação extra e dobrada: se vencerem, tentarão na final de 7 de julho, no Maracanã, com Chile ou Peru, se igualar ao Uruguai, maior campeão com quinze títulos. E se for com o Chile, terão a chance de vencer o rival que os derrotou nas duas últimas finais consecutivas, em 2015 e 2016, ano do centenário da Copa América.

EQUILÍBRIO – Em 2011, seguindo uma iniciativa de marketing, Brasil x Argentina passou a ser denominado Clássico das Américas, ao ser restabelecida a disputa da Copa Roca. Muitos foram os nomes das duas seleções que valorizaram, desde Pelé, Garrincha, Didi, Rivellino e Zico, aos mais recentes. Tal qual Di Stéfano, Maradona, Kempes e Riquelme, sucedidos por Messi e Aguero, entre os mais recentes. Hoje é o desempate do Clássico das Américas, após duas vitórias de 1 x 0 de cada seleção, nos jogos mais recentes, em 9 de junho de 2017, na Austrália, e em 16 de outubro de 2918, na Arábia Saudita.

DIFERENÇA – É de 17 anos a diferença de idade dos técnicos. Tite começou a ser técnico quando o treinador argentino Lionel Scaloni tinha apenas 11 anos de idade. Hoje, Tite tem 58 anos e Scaloni, 41. Tite conhece mais o futebol do país, de onde nunca saiu para dirigir outra equipe. Scaloni foi cedo para a Europa, onde jogou como zagueiro de nível técnico médio em times da Espanha, Itália e Inglaterra, passando depois a assistente de alguns bons treinadores.

NÚMEROS -Tite completa hoje, 2 de julho de 2019, 41 jogos: 31 vitórias, 7 empates, 2 derrotas (1 x 0 para a Argentina em 2017 e 2 x 1 para a Bélgica em 2018). Se do ponto de vista ofensivo a seleção não chega a encantar, no aspecto defensivo se destaca: sofreu só dois gols em 40 jogos. Lionel Scaloni completa 14 jogos, com 8 vitórias, 2 empates, 3 derrotas. E o que mais chama a atenção: em 13 jogos, 13 escalações diferentes! Hoje (2), pela primeira vez, vai repetir a formação.

BRASIL – Na história da Copa América, o Brasil participa pela trigésima sexta vez e tenta o nono título, após 12 anos. O último foi em 2007, na Venezuela, derrotando (3 x 0) a Argentina na grande final. Na fase de grupos de 2019, o Brasil fez 3 x 0 na Bolívia, 5 x 0 no Peru, mas não saiu do 0 x 0 com a Venezuela e o Paraguai. A defesa não foi vazada.

ARGENTINA – Catorze vezes campeã, a última em 1993, no Equador, vencendo (3 x 1) o México na grande final, a Argentina quer interromper o jejum de 26 anos em sua quadragésima segunda participação e em 2019 em sua terceira semifinal consecutiva. Na fase de grupos, perdeu (2 x 0) para a Colômbia, 1 x 1 com o Paraguai e 2 x 0 no Qatar. Nas quartas, foi a única a se classificar sem pênaltis, ao vencer (2 x 0) a Venezuela, em tarde de gala no Maracanã. A Argentina marcou 5 gols (2 no primeiro tempo) e sofreu 3. Dos 8 gols do Brasil, 3 foram marcados no primeiro tempo.

Imagem: Gazeta do Povo