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Seis meses depois de ter sido comprado por 100 milhões de euros – transferência mais cara da Juventus -, Cristiano Ronaldo fez o gol da vitória (1 x 0) e do primeiro título italiano, que dedicou aos torcedores, à família e aos que o amam. O artilheiro cinco vezes melhor do mundo usou a cabeça aos 16 do segundo tempo para completar o cruzamento do apoiador bósnio Pjanic e dar a vitória à Juventus sobre o Milan, na decisão da Supercopa da Itália, diante de 63 mil torcedores, no estádio Rei Abdullah, em Jeddah, capital da Arábia Saudita.
RECONHECIMENTO – Gennaro Gattuso, ex-meio-campo e atual técnico do Milan, foi dos primeiros a reconhecer a atuação de Cristiano Ronaldo: “Realmente um jogador excepcional e que melhora com o passar dos anos. Parece um tipo sem idade, que parou de fazer show e agora é a máquina perfeita de marcar gol”.
28 FINAIS, 19 GOLS – Em 16 anos como profissional, desde 2003 no Sporting de Lisboa, Cristiano Ronaldo marcou o décimo nono gol em 28 finais. Foi uma vez campeão com o Sporting, dez vezes campeão com o Manchester United, dezesseis vezes campeão com o Real Madrid e na noite desta quarta (16) ganhou o primeiro título com a Juventus.
OITAVA DA JUVENTUS – O gol de Cristiano Ronaldo não só decidiu a Supercopa da Itália 2018-19, mas também fez da Juventus a maior ganhadora com 9, superando o Milan (8). O artilheiro resumiu: “Claro que estou feliz por ter feito o gol do meu primeiro título italiano, e agora vou tentar mais gols para novos títulos. Quero muito ser campeão italiano logo na minha primeira temporada”.
10 DE JULHO 2018 – Foi quando a Juventus pagou 100 milhões de euros ao Real Madrid, superando os 90 milhões de euros que havia investido na compra do argentino Gonzalo Higuain em 2016. Cristiano Ronaldo completou nesta quarta, 16 de janeiro de 2019, 26 jogos e marcou seu gol 16 com a camisa 7 da Juventus.
RECORDISTA de gols do Real Madrid, que defendeu em nove temporadas consecutivas – 2009 a 2018, com 450 gols em 438 jogos, média de 1.02 por jogo -, Cristiano Ronaldo já havia deixado a marca no Manchester United, 118 gols em 292 jogos, média de 2.47 por jogo. É também o principal artilheiro da seleção portuguesa com 85 gols em 154 jogos.
OS CAMPEÕES – Ganharam a oitava Supercopa da Itália da história da Juventus, Szczesny, João Cancelo, Bonucci, Chiellini e Alex Sandro; Betancur (Bernardeschi, 40 do segundo tempo), Pjanic (Emre Can, 19 do segundo tempo) e Matuidi; Dybala, Cristiano Ronaldo e Douglas Costa (Khedira, 44 do segundo tempo).
DÉCIMO TÍTULO – Massimiliano Allegri, 51 anos, ex-meio-campo, nascido na cidade portuária de Livorno, na costa ocidental da Toscana, ganhou o décimo título com a Juventus, que dirige desde 2014 quando saiu do Milan. Allegri conquistou os últimos campeonatos italianos, quatro Copas da Itália e a segunda Supercopa da Itália.
PAQUETÁ – Depois da estreia, em que não fez gol nos 2 x 0 sobre a Sampdoria, em Genova, foi o segundo jogo de Paquetá no Milan. O ex-Flamengo voltou a ter atuação discreta, embora com um pouco mais de desembaraço, demonstrando tendência de crescimento técnico. Só é criticado por ser exibicionista e se exceder em jogadas de efeito.
EXPULSÃO – O árbitro italiano Luca Banti, 44 anos, mostrou seis cartões amarelos e expulsou o volante Franck Kissié, 22 anos, africano da Costa do Marfim e emprestado ao Milan pelo Atalanta, de Bergamo, desde 2017. Em jogo de times italianos, Kissié foi o primeiro a ser expulso depois de consulta ao árbitro de video, devido à falta grosseira, com a sola da chuteira na canela do meia Emre Can, alemão de origem turca.
AMARELOS – Alex Sandro levou o primeiro, por falta em Castillejo. O segundo foi para Pjanic, por um carrinho no turco Çalhanoglu, e o terceiro da Juventus para o argentino Dybala, que puxou o compatriota Higuain pela camisa. O primeiro amarelo do Milan foi para o lateral uruguaio Ricardo Rodriguez, que agarrou e jogou ao campo o brasileiro Douglas Costa, após levar um lençol. O segundo para Castillejo, por falta dura em Matuidi, e o último para Çalhanoglou, por um carrinho no uruguaio Betancur.
DUAS BELAS JOGADAS – O Milan foi bem superior na volta do intervalo, depois de um primeiro tempo equilibrado e em que só houve duas belas jogadas com chance de gol. A primeira, logo aos dois minutos, quando o jovem atacante Patrick Cutrone, 21 anos, acertou o travessão da Juventus com bela finalização de canhota; a segunda, aos 41, quando Alex Sandro fez boa jogada e cruzou para a finalização de voleio de Cristiano Ronaldo, rente à trave do goleiro Donnarumma.
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MUITA DIFERENÇA – A Juventus volta ao Campeonato Italiano na próxima segunda (21), quando a Supercopa será exibida aos torcedores, na Arena Juventus, em Turim, antes do jogo com o Chievo. Horas antes, o Milan jogará com o Genoa, no estádio Luigi Ferraris, na cidade portuária de Genova. Único invicto, a Juventus lidera com 53 pontos, nove à frente do vice-lider Napoli, e catorze pontos a mais que a Inter (39). A Lazio, de Roma, está em quarto com 32, e o Milan, quinto, com 31, menos 22 pontos que a líder Juventus.