Exatamente um mês antes da final de 23 de novembro em Santiago do Chile, Flamengo e Grêmio decidirão no Maracanã, quem representará o Brasil na primeira decisão em jogo único da história da Libertadores em sua edição 60. O primeiro jogo da semifinal será dia 2 de outubro na Arena Grêmio e o segundo dia 23, no Maracanã.
FLAMENGO OU GRÊMIO fará a décima final entre brasileiros e argentinos porque o BOCA JUNIORS confirmou a classificação para a semifinal com o RIVER PLATE, com o 0 x 0 da noite de ontem (28) com a LDU, a quem havia vencido (3 x 0) no jogo de ida no Equador. O River deve confirmar a outra vaga hoje (29), no Paraguai, após 2 x 0 no Cerro Porteño, no primeiro jogo, em Buenos Aires.
A PRIMEIRA decisão entre brasileiros e argentinos foi em 1963, quando o Santos do Rei Pelé ganhou do Boca – 2 x 1 em Buenos Aires e 3 x 2 em São Paulo -, tornando-se o primeiro bicampeão da Libertadores. A última final foi em 2017, com o Grêmio ganhando o terceiro título ao vencer o Lanús. O Boca venceu quatro decisões com Cruzeiro, Palmeiras, Santos e Grêmio. Em 14 finais com brasileiros, os argentinos ganharam 9.
COINCIDÊNCIA – De volta às semifinais depois de 35 anos, o Flamengo decidirá outra vez a vaga com o Grêmio, como aconteceu em 1984, quando foi eliminado pelo saldo de gols (9 x 2). Mesmo sem Zico, negociado com a Udinese, Zagallo montou bom time: Fillol, Leandro, Guto, Mozer e Adalberto; Andrade, Adílio e Tita; Eder, Bebeto e João Paulo.
EMPATE NO FIM -O Flamengo entrou podendo perder por um gol para o Internacional, mas poderia ter liquidado ainda no primeiro tempo de um jogo em que foi bem superior. Gabriel não soube aproveitar o passe de Bruno Henrique, logo aos 2 minutos, e chutou por cima com o desvio do goleiro.O Inter melhorou um pouco no segundo tempo quando Lindoso fez o gol de cabeça aos 17, após falta de D’Alessandro, mas foi atraído e levou o empate aos 39, em contra-ataque com três toques, e a finalização de Gabriel.
37 JOGOS, 26 GOLS – O Flamengo completou 50 jogos em 2019, marcou 91 gols e só não fez gol em 7. Em 37 jogos, Gabriel chegou aos 26 gols, 5 na Libertadores. Bom lembrar: ele é o artilheiro do Brasileirão, com 12 dos 35 gols marcados pelo Flamengo, ataque mais positivo, com média de 2.18 gols por jogo.
CARTÕES SIMULTÂNEOS – Pela primeira vez, quatro cartões amarelos foram (bem) aplicados ao mesmo tempo. Aos 15 minutos, Cuellar e Sóbis trocaram faltas e empurrões e foram advertidos, o que se repetiu aos 43 do primeiro tempo com D’Alessandro, por falta em Diego Alves e o goleiro, também advertido por demorar a repor a bola em jogo.O árbitro Patrício Loustau, com atuação correta, advertiu mais três no segundo tempo: Filipe Luis, aos 7, por falta em D’Alessandro; Victor Cuesta, aos 8, por um carrinho em Everton Ribeiro, e Lindoso, aos 37, por falta dura em Bruno Henrique.
RECORDE DE PÚBLICO – O Internacional anunciou o recorde de público na Arena Beira Rio, com 49.614 presentes, mas o público pagante foi de 46.191, com a renda de R$2.685.145,00, em noite de tempo bom e temperatura de 25 graus em Porto Alegre.
INTERNACIONAL – Marcelo Lomba, Bruno, Rodrigo Moledo, Victor Cuesta (Sarrafiore, 38 do segundo tempo) e Uendel (Wellington Silva, 9 do segundo tempo); Rodrigo Lindoso, Edenilson, Patrick e D’Alessandro; Rafael Sóbis (Nico Lopez, intervalo) e Guerrero, o mais apagado do time. O técnico Odair Hellmann fez o que pôde, mas o Inter rendeu pouco.
FLAMENGO – Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luis (Renê, 49 do segundo tempo); Cuellar (Pires da Mota, 28 do segundo tempo), Gerson, Arrascaeta e Everton Ribeiro (Orlando Berrío, 35 do segundo tempo); Gabriel e Bruno Henrique, com outra grande atuação para confirmar sua primeira e merecida convocação para a seleção.
VAR DEMORADO – O lance do gol do Internacional só foi confirmado depois de cinco minutos de espera. Primeiro, o árbitro ouviu a central do árbitro de video e depois foi à beira do campo, onde chegou a pedir que seu assistente Gabriel Chade também o acompanhasse na revisão. O lance foi bem claro, sem impedimento de Lindoso.
BOCA TRANQUILO – O Boca Juniors passou à semifinal com o 0 x 0 da noite de ontem (28), no estádio de La Bombonera, em Buenos Aires, com a LDU, a quem havia vencido (3 x 0) no jogo de ida no Equador. O árbitro brasileiro Wilton Sampaio, da Federação Goiana, teve atuação segura e mostrou sete cartões amarelos, cinco para jogadores da LDU.
BOCA – Andrada, Weigandt, Lisandro Lopez, Izquierdoz e Más; Capaldo (De Rossi), Marcone, Salvio (Villa) e Mac Allister; Carlos Tevez e Ábila (Soldano).O italiano Daniele De Rossi, comprado da Roma, fez boa estreia e no final ganhou o abraço do ex-atacante Francesco Totti – maior artilheiro da história da Roma, com 307 gols em 786 jogos, entre 92 e 2017 –, hoje diretor do clube mais popular da capital italiana.
A NOTA TRISTE da noite no estádio do Boca foi a fratura do tornozelo do lateral-esquerdo Christian Cruz, da LDU, substituído por Ayala aos 34 do primeiro tempo, ao prender o pé após um carrinho em Ramon Ábila.
O RIVER PLATE deve confirmar na noite de hoje (29), em Assunção, a outra vaga para fazer a semifinal argentina com o Boca. No jogo de ida, no Estádio Monumental de Nuñez venceu (2 x 0) o Cerro Porteño, que precisa de vitória por três gols para se classificar. Se conseguir devolver os 2 x 0, decide em pênaltis.
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