O Flamengo quebrou a escrita dos últimos dez anos e voltou a se classificar na última rodada da fase de grupos com o 0 x 0 da noite de ontem (8), em Montevidéu, onde só precisava do empate para ser primeiro do Grupo D. O Peñarol, maior campeão uruguaio e terceiro maior ganhador da Libertadores com cinco títulos, acabou eliminado. A LDU ficou com o segundo lugar, ao golear (4 x 0) o San José, da Bolívia, na altitude de Quito.

POR DOIS GOLS – O Grupo D foi o mais equilibrado até a última rodada e os três primeiros terminaram iguais em pontos (10), vitórias (3), empate (1) e derrotas (2). O Flamengo se classificou em primeiro pelo saldo de gols, embora marcando menos um gol que a LDU, que ficou em segundo. O Flamengo fez 11 e sofreu 5; a LDU, 12 e sofreu 8, e o Peñarol teve saldo de dois gols, ao marcar sete e sofrer cinco. O Flamengo fará o segundo jogo do mata-mata das oitavas de final como mandante.

O SORTEIO DOS JOGOS será na próxima segunda (13), na sede da Confederação Sul-Americana de Futebol, em Luque, no Paraguai.

GOLS PERDIDOS – Mesmo sem jogar bem, o Flamengo poderia ter ganho do Peñarol, mas perdeu muitos gols, a partir do primeiro minuto, quando Gabriel, na cara do goleiro, chutou de bico rente à trave, e aos 21 chutou por cima, deixando Abel Braga tenso na área técnica. O Peñarol deu apenas um susto com o chute de Brian Rodriguez, que passou perto da trave. No minuto final, Vitinho ficou frente a frente com o goleiro e não soube fazer o segundo gol, chutando nas pernas de Dawson.

BEM EXPULSO – O lateral Pará foi bem expulso pelo árbitro chileno Roberto Tobar, ao agarrar o lateral Lucas Hernandez, depois de ter sido advertido com cartão amarelo. Ato contínuo, Rodinei entrou no lugar de Bruno Henrique, outra vez apagado, a fim de recompor a defesa. Vitinho entrou aos 28 no lugar de Arrascaeta, também apagado, e Diego substituiu Gabriel aos 36. O Peñarol exerceu domínio, mas a defesa do Flamengo controlou bem os espaços e segurou o 0 x 0.

O FLAMENGO já havia sofrido em 2018 na fase de grupos em que só conseguiu se classificar na última rodada e depois foi eliminado pelo Cruzeiro no mata-mata das oitavas de final.

O PEÑAROL é hoje um time sem brilho e tão distante do que teve ao ganhar as duas primeiras edições da Libertadores, em 60 e 61, quando também contou com o maior artilheiro da competição, o equatoriano Alberto Spencer – 1937 – 2006 -, com 48 gols. O estádio Campeón del Siglo recebeu menos da metade dos seus 40 mil lugares no 0 x 0 da noite de ontem (8).

Foto: Alexandre Vidal / Flamengo