O FLUMINENSE tornou-se o primeiro a fazer cinco gols no River, em jogo da Libertadores, com os 5 x 1 da noite de ontem (2), no Maracanã, consolidando a liderança invicta, com 3 vitórias, 9 gols marcados e só 2 gols sofridos, e garantindo praticamente a classificação como 1º do Grupo D. As outras duas derrotas mais contundentes do River na Libertadores foram por 4 x 0, há 50 anos, para o San Lorenzo, em Buenos Aires, em 1973, e para o Grêmio, em Porto Alegre, em 2002.
COM OS TRÊS GOLS, CANO passou a ser o segundo artilheiro do Fluminense na Libertadores, com 8 gols em 7 jogos, ultrapassando Tiago Neves, com 7 gols em 28 jogos, único da história da Libertadores a marcar três gols em uma final, na decisão de 2008 com a LDU. O maior artilheiro do Fluminense na Libertadores é Fred, com 15 gols em 29 jogos. Cano voltou a ser o artilheiro do Brasil em 2023, com 23 gols, superando Pedro, do Flamengo, com 21.
COM OS TRÊS GOLS dos 5 x 1 no River, Cano completou 110 gols em 192 jogos no futebol brasileiro: 24 em 51 jogos em 2020 e 19 gols em 50 jogos em 2020/2021 no Vasco, e no Fluminense, 44 gols em 70 jogos em 2022 – principal artilheiro do Brasil -, e 23 gols em 21 jogos em 2023. Com humildade, após ganhar a bola do jogo pelos três gols da noite de ontem (2), Cano resume: “O futebol é cada vez mais dinâmico e não gosto de fazer projeção. Os gols saem naturalmente”.
O GOLEIRO FABIO igualou na noite de ontem (2), no Maracanã, o recorde de 90 jogos de Rogerio Ceni, ex-goleiro do São Paulo, na Libertadores. Seguindo a tradição de Marcos Carneiro de Mendonça, Batatais e Castilho, goleiros notáveis da história do Fluminense, Fabio passará a ser o brasileiro com mais jogos na Libertadores, ao completar o 91º no próximo dia 25, em La Paz, com The Strongest, antepenúltimo adversário do Fluminense na fase de grupos.
O FLUMINENSE teve atuação homogênea na goleada sobre o River, mas além de Cano, autor de três gols, o ponta colombiano Jhon Arias também se sobressaiu, ao marcar o 3º e o 5º, e ao fazer o cruzamento rasteiro preciso para o 4º gol, terceiro de Cano. Outras duas atuações de destaque foram as de Ganso e Alexsander, e no River, o experiente Franco Armani, goleiro de 36 anos, evitou que a goleada do Fluminense fosse ainda maior.
O 1º TIME A FAZER 5 GOLS no River na Libertadores: Fabio, Samuel Xavier, Nino (c), Felipe Melo (Vitor Mendes) e Marcelo (Jhon Kennedy); André, Alexsander e Ganso; Jhon Arias, Cano e Keno (Lelê), o Fluminense, do técnico Fernando Diniz, classificado pelo técnico Martin Demichellis, ex-zagueiro de 11 títulos do River, como “o melhor time do Brasil, extremamente dominante, recheado de valores e com futebol de técnica altamente refinada”.
O TÉCNICO DO FLUMINENSE deu uma demonstração bem clara de competência, ao mostrar como um time é capaz de aproveitar a vantagem de ter mais um campo para se impor e ganhar um jogo com folga por um placar expressivo. O River jogou com 10 desde os 22 minutos do 2º tempo, quando o zagueiro Gonzalez Pírez foi expulso por falta dura, após o segundo cartão amarelo. Em 16 minutos, o Fluminense ampliou 2 x 1 para 5 x 1.
FLUMINENSE 5 x 1 RIVER, na noite histórica da 3ª feira, 2 de maio de 2023, no Maracanã, pela 3ª rodada da fase de grupos da Copa Libertadores, registrou R$2.951.443,00. 57.652 pagantes. 62.505 presentes. Esteban Ostojich, da Associação Uruguaia de Futebol, teve atuação segura e advertiu Felipe Melo, André e Lima, e os argentinos Beltran, autor do gol de empate, Enzo Perez, Aliendro e Pírez, expulso por falta dura, após o segundo cartão amarelo.
A VANTAGEM DO FLUMINENSE aumentou para 6 pontos sobre os outros times do Grupo D, com a vitória do Sporting Cristal sobre o boliviano The Strongest por 1 x 0, gol do ponta peruano Jhilmar Lora, de 22 anos, no último jogo da noite de ontem (2), no Estádio Nacional de Lima. The Strongest, próximo adversário do Fluminense, é o 2º, com 3 pontos e sem saldo de gol (3 x 3). O Cristal subiu para 3º, com 3 pontos, saldo negativo de 3 gols (4 a 7), e o River caiu para o último lugar, com 3 pontos e saldo negativo de 4 gols (6 a 10).
A REPERCUSSÃO DOS 5 x 1 foi grande nos meios de comunicação da Argentina. CLARIN, diário em formato tabloide, o mais vendido, publicou: “O River sofreu dura queda no Maracanã e seu horizonte é sombrio para chegar às oitavas de final”. Na crônica do jogo, o jornalista Maximiliano Bonozzi resumiu: “O River mais lutou do que jogou e sofreu um autêntico massacre do Fluminense, de futebol simples, mas muito vistoso e objetivo”.
OLÉ, diário esportivo mais vendido, também do Grupo Clarin, escreveu: “Fluminense vapuleó (golpeou com violência, em espanhol) a River. A partir de 2 x 1 parecia que só havia uma equipe em campo”. O jornal deu destaque a Cano e disse que “Lionel Scaloni (técnico da seleção argentina) não pode fechar os olhos a um artilheiro do nível de German Cano”. O jornal publica também que a goleada pode abalar o River no clássico do próximo domingo (7) com o Boca.
LA NACION, o mais antigo jornal do país, fundado em 1870 pelo escritor Bartolmeu Mitre, 4º presidente da República Argentina, resumiu na crônica do jogo, escrita por Ariel Ruya: “Foi a noite mais escura do River em longos anos de história. Não há registro de que o River tenha sido dominado e goleado com tanta facilidade. O jornalista usou a frase “Una noche para olvidar” (Uma noite para esquecer).
A GOLEADA AUMENTOU ainda mais a empolgação dos torcedores do Fluminense para o clássico da 4ª rodada do Campeonato Brasileiro com o Vasco, sábado (6), no Maracanã. Mais de 30 mil ingressos foram vendidos até ontem (2), e a expectativa é de que, com o mando do jogo, os tricolores esgotem todos os setores e possam ter público de quase 60 mil pagantes como no jogo com o River. O Vasco só terá direito a 10% dos ingressos, no setor Norte.
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