O Fluminense foi eliminado da Copa do Brasil pelo Cruzeiro, que se mantém na rota do sétimo título inédito, ao errar três pênaltis na decisão da noite de ontem (5), com mais de 40 mil torcedores no Mineirão. O goleiro Agenor manteve a vantagem do primeiro tempo (1 x 0), ao defender um pênalti, mas o Cruzeiro virou com dois gols de Tiago Neves, e João Pedro, numa pintura de bicicleta, empatou (2 x 2) no minuto final dos acréscimos, aos 51, levando a decisão da vaga aos pênaltis pelo 1 x 1 no jogo de ida no Maracanã.

INVASÃO DE ÁREA – O Fluminense iniciou com muita pressão e teve um pênalti, bem marcado, de Dedé em Brenner, aos oito minutos, que Luciano bateu no canto direito e Fabio defendeu. Na revisão do VAR, o árbitro mandou repetir por invasão de área, no que agiu com acerto. A segunda cobrança, aos 14 minutos, foi de Ganso, que bateu rasteiro no canto direito e fez 1 x 0. O Cruzeiro ficou sem Fred, aos 23, com dores musculares nas pernas, e Sassá o substituiu.

REINÍCIO ERRADO – O Fluminense recuou na volta do intervalo, limitando-se aos contra-ataques. O Cruzeiro cresceu e empatou aos 13, trocando três passes de cabeça, após o escanteio do lateral argentino Lucas Romero. Dedé cabeceou e a bola ia sair pela linha de fundo quando Pedro Rocha cabeceou para o meio da pequena área e Tiago Neves completou de cabeça: 1 x 1. O Cruzeiro teve a chance do segundo gol aos 20, mas Agenor defendeu no canto direito o pênalti – Gilberto empurrou Pedro Rocha – que Sassá bateu. O lance foi claro e o árbitro nem quis consultar o VAR.

A VIRADA – Depois que o Cruzeiro empatou o Fluminense tentou equilibrar o jogo, mas o campeão mineiro estava melhor e chegou à virada aos 35, quatro minutos depois de o árbitro consultar o VAR para confirmar o pênalti de Caio Henrique em Lucas Romero. A cobrança foi de Tiago Neves, no meio do gol e à meia altura, enquanto Agenor, em seu centésimo jogo como profissional e o sétimo, com boa atuação, pelo Fluminense, caía para o lado direito. 

GOLAÇO DE BICICLETA -O Fluminense saiu em desespero para tentar o empate, mas Fábio, que esta noite aumentou para 836 jogos seu recorde com a camisa do Cruzeiro desde 2005, fez duas defesas esplendorosas, com a mão esquerda, em cabeçadas no canto, junto à trave direita, de Ganso e Luciano. No entanto, aos 51 minutos, o goleiro não teve ação, limitando-se a olhar a bola no seu canto direito, após o belíssimo gol de bicicleta de João Pedro, após lançamento frontal de Daniel: 2 x 2.

OS PÊNALTIS – Escrevi na matéria do dia do jogo que Cruzeiro e Fluminense poderiam decidir em pênaltis. E não deu outra. Dos nove, cinco não foram convertidos.
1-O Cruzeiro iniciou as cobranças com o volante Lucas Silva, emprestado pelo Real Madrid, chutando fora. Bateu de pé direito, rasteiro, junto à trave direita de Agenor, que foi na direção da bola.

2 – O primeiro do Fluminense a cobrar foi Ganso, que bateu de canhota e acertou o travessão, na junção da trave esquerda.

3 – O segundo do Cruzeiro, Lucas Romero chute forte e a bola bateu no travessão. Terceira cobrança, nenhuma conversão.

4 – O segundo do Fluminense, o lateral Caio Henrique, bateu de canhota, rasteiro, no meio do gol. Fábio caiu para o lado esquerdo.

5 – O terceiro do Cruzeiro a cobrar, Pedro Rocha, empatou (1 x 1). De pé direito, à esquerda, rente à trave, na lateral da rede.

6 – O terceiro do Fluminense, João Pedro, tomou pouca distância da bola e bateu de pé direito. Fábio foi rápido e defendeu.

7 – O quarto do Cruzeiro foi Sassá, que se redimiu. Cobrou dentro do estilo habitual, correndo e parando, até usar a paradinha, antes de chutar de pé direito, à direita de Agenor, que não chegou na bola.

8 – O quarto do Fluminense, terceiro a errar, foi o lateral Gilberto. Bateu de pé direito, à meia altura e acertou a trave direita, com o goleiro Fábio na direção da bola.

9 – A última cobrança ficou nos pés de Tiago Neves, ex-tricolor, que não perdeu a chance de classificar o Cruzeiro. Como na cobrança do tempo normal, quando fez 2 x 1, tomou distância de dois passos e bateu à meia altura, no meio do gol. DETALHE – O apoiador Henrique, capitão do Cruzeiro, escolheu o gol à direita da tribuna do Mineirão, o mesmo onde ganhou a semifinal de 2018 com o Santos, em que Fábio defendeu três pênaltis, e a final de 2018, em que Tiago Neves converteu o último pênalti na decisão com o Flamengo.


5 – O terceiro do Cruzeiro a cobrar, Pedro Rocha, empatou (1 x 1). De pé direito, à esquerda, rente à trave, na lateral da rede.

6 – O terceiro do Fluminense, João Pedro, tomou pouca distância da bola e bateu de pé direito. Fábio foi rápido e defendeu.

7 – O quarto do Cruzeiro foi Sassá, que se redimiu. Cobrou dentro do estilo habitual, correndo e parando, até usar a paradinha, antes de chutar de pé direito, à direita de Agenor, que não chegou na bola.

8 – O quarto do Fluminense, terceiro a errar, foi o lateral Gilberto. Bateu de pé direito, à meia altura e acertou a trave direita, com o goleiro Fábio na direção da bola.

9 – A última cobrança ficou nos pés de Tiago Neves, ex-tricolor, que não perdeu a chance de classificar o Cruzeiro. Como na cobrança do tempo normal, quando fez 2 x 1, tomou distância de dois passos e bateu à meia altura, no meio do gol.

DETALHE – O apoiador Henrique, capitão do Cruzeiro, escolheu o gol à direita da tribuna do Mineirão, o mesmo onde ganhou a semifinal de 2018 com o Santos, em que Fábio defendeu três pênaltis, e a final de 2018, em que Tiago Neves converteu o último pênalti na decisão com o Flamengo.

CRUZEIRO – Fábio, Lucas Romero, Dedé, Leo e Dodô; Henrique (cap), Ariel Cabral (Lucas Silva, 39 do segundo tempo), Robinho e Tiago Neves; Marquinhos Gabriel (Pedro Rocha, intervalo) e Fred (Sassá, 28 do primeiro tempo). Técnico – Mano Menezes. O Cruzeiro voltou a ganhar, ainda que em pênaltis, depois de quatro derrotas e dois empates. Décimo quinto no Brasileirão 2019, com sete pontos, volta ao Mineirão, sábado (8), para o jogo da oitava rodada com o Corinthians.

FLUMINENSE – Agenor, Gilberto, Frazan (Mascarenhas, 39 do segundo tempo), Nino (Miguel, 44 do segundo tempo) e Caio Henrique; Allan, Daniel e Ganso; Luciano (cap), Brenner (Evandro, 38 do segundo tempo) e João Pedro. Técnico – Fernando Diniz. Quarto jogo consecutivo sem vitória. Resta ao Fluminense tentar ganhar a Copa Sul-Americana e evitar o rebaixamento no Brasileirão 2019.

QUATRO CARTÕES – O árbitro Rafael Traci, da Federação Catarinense, teve atuação segura. Acertou em mandar repetir a cobrança do pênalti por invasão de área e na marcação do pênalti em favor do Cruzeiro, com a falta de Caio Henrique em Lucas Romero. Os quatro amarelos foram bem aplicados: Henrique e Robinho, do Cruzeiro, e Daniel e Luciano, que é do time dos que mais reclamam.

ÚLTIMA VAGA – Santos e Atlético Mineiro decidirão na noite de hoje (6), no estádio do Pacaembu, a oitava e última vaga para as quartas de final, que serão disputadas a partir da segunda quinzena de julho, após a Copa América. Estão classificados para as quartas de final, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras, Internacional, Grêmio, Atlético Paranaense e Bahia.

Foto: Jornal de Brasília