Paulo Dybala e Miralem Pjanic / The Sun

Pela terceira vez, Juventus e Milan decidirão amanhã (16) a Supercopa da Itália. Os clubes silenciam sobre as muitas e grandes vantagens para disputarem o jogo longe do país, no estádio Rei Abdullah, com os 62 mil ingressos esgotados, na segunda maior cidade da Arábia Saudita, a 60 km ao norte da capital Jeddah. O estádio custou 560 milhões de dólares e na inauguração, em 1/5/2014, o Al-Shabab ganhou a Copa do Rei, ao vencer (3 x 0) o Al-Hilal. Com quatro milhões de habitantes, Jeddah é a capital comercial do país e a cidade mais rica do Oriente Médio e da Ásia Ocidental.

DUAS DECISÕES – A primeira vez que Juventus e Milan decidiram a Supercopa da Itália, fora do país, foi em 2003, quando decepcionaram os 75 mil torcedores, com jogo sem brilho e sem gol, decidido nos pênaltis (Juventus 4 x 3). Três anos depois, a decisão foi em Doha, capital do Catar, com outro empate (1 x 1) e o troco do Milan nos pênaltis (5 x 4). Na decisão de amanhã (16), em Jeddah, a expectativa é de bom jogo porque o calor deu uma trégua e a temperatura estará em torno de 25 graus.

Gazzeta Dell Sport

EMPOLGADOS – Deslumbrados com o futebol europeu e seus ídolos, os torcedores sauditas estão empolgados com a decisão italiana de amanhã (quarta, 16), em Jeddah, no litoral do Mar Vermelho e maior cidade portuária do país. Na chegada da Juventus, os jogadores tiveram que usar as roupas árabes, menos Cristiano Ronaldo, que teve recepção de rei pelos organizadores do evento. O meia argentino Paulo Dybala até sorriu ao usar a roupa típica.

Treino do Milan em Jeddah / Gazzeta Dello Sport

BRASILEIRO – Havia até um torcedor alemão na chegada da Juventus e ele surpreendeu ao escolher o atacante Douglas Costa, da seleção brasileira, e ao fazer um pedido: “Volta para o Bayern”. A Juventus está pelo sétimo ano consecutivo na final da Supercopa da Itália, e pela posição de que desfruta no campeonato que recomeça no próximo fim de semana, recebe as honras de favorita do jogo de amanhã. Atual hexacampeã, a Juventus lidera com 53 pontos, 33 a mais que o Milan, quinto com 31.

PROTESTO – As mulheres só entram em estádios na Arábia Saudita se estiverem acompanhadas de um homem, o que tem gerado muito protesto nas comunidades internacionais. Antes, a probição era total, e ainda que com um homem ao lado, elas não tinham acesso ao futebol. Os dirigentes italianos estão aproveitando a viagem para um levantamento completo sobre as televisões sauditas porque receberam denúncias de que os jogos do Campeonato Italiano estão sendo exibidos, em forma de pirataria.

ENTRADA DURA – A Juventus vai fazer o único treino nesta terça (15), mas no CT do Al-Hilal, de vez que o Milan também não obteve permissão para treinar no estádio Rei Abdullah. O Milan treinou ontem (14) em um clube fechado e o que chamou atenção, durante o aquecimento na roda de bobo, foi a entrada dura, de carrinho, do atacante argentino Gonzalo Higuain, acertando a canela de Gennaro Gattuso, ex-meia do clube e da seleção italiana e atual técnico do time.

JOGO 207 – Milan e Juventus, um dos maiores clássicos da Itália e de toda a Europa, vão realizar amanhã (16) o jogo de número 207 de sua história de confrontos. A vantagem da Velha Senhora – como a Juventus é tratada por ser o clube mais antigo – é bem expressiva, com 81 vitórias contra 57 do Milan e 68 empates. E também nos gols, com 299 da Juventus e 256 do Milan. Cristiano Ronaldo já disse que quer marcar o gol 300 da história do clássico.