NO AUGE DOS 20 ANOS, Pelé marcou o gol de placa na vitória do Santos sobre o Fluminense por 3 x 1, na tarde do sábado, 5 de março de 1961, diante de 80 mil torcedores no Maracanã, pelo Torneio Rio-São Paulo, então a competição mais importante do futebol brasileiro.
PELÉ JÁ HAVIA FEITO 1 x 0 aos 40, e dois minutos depois, recebeu passe curto do lateral Dalmo, na entrada da própria área do Santos. Em altíssima velocidade, ele passou por Valdo, Edmilson, Clóvis, Pinheiro, Jair Marinho e tocou na saída do goleiro Castilho. Pepe fez o terceiro e Jaburu marcou o gol do Fluminense.
NA TRIBUNA, ao lado do tricolor Nelson Rodrigues, o palmeirense Joelmir Beting não se conteve: “Esse gol merece uma placa”. Pouco depois, a placa foi inaugurada no hall do Maracanã, com Joelmir feliz: “Nunca fiz um gol de placa, mas fiz a placa do gol”, revelando que pagou do próprio bolso.
O TIME DO GOL DE PLACA: Laércio, Fioti, Mauro, Calvet e Dalmo; Zito e Mengálvio (Nei); Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe (Sormani). Técnico – Luis Alonso (Lula). 1961 foi o ano em que Pelé marcou 111 gols em 75 jogos, sendo 47 só na campanha do Santos, campeão paulista.
GOL DE PLACA ganhou tanta dimensão, que mestre Aurelio Buarque de Holanda incluiu em seu fabuloso dicionário da língua portuguesa: “Gol de placa, conceito criado a partir de um gol espetacular de Pelé, que lhe rendeu uma placa honorária”. Pelé retribuiu: “Ao Joelmir, minha eterna gratidão pela placa do gol”.
Foto: UOL