APÓS 11 MESES ININTERRUPTOS de obras, com 760 operários trabalhando dia e noite, o River inaugura na noite deste domingo (12), no jogo com o Argentinos Juniores, as novas tribunas do Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Em junho  de 2024, a capacidade do maior estádio da América do Sul será de 84.567 assentos.

O ESTÁDIO DO RIVER, que tinha 72.054 lugares e ficará com 84.567, passa a ser maior que o Monumental de Lima, Peru, com 80.093; o Maracanã, com 78.838, e a Arena Mané Garrincha, em Brasília, com 72.788. Maior também que os dois maiores particulares do Brasil: Morumbi, com 66.795, e Arena Grêmio, com 55.662.

O ESTÁDIO FOI INAUGURADO em 26 de maio de 1938, com River 3 x 1 Peñarol, e 40 anos depois, sediou a primeira Copa do Mundo que a Argentina ganhou em 1978. As arquibancadas foram construídas com o dinheiro da venda do notável meia Omar Sívori para a Juventus em 1958, e uma das tribunas terá o nome dele.

O NOVO ESTÁDIO passa a se chamar Mâs Monumental, pelo contrato de 20 milhões de dólares, assinado até 2029 com o Grupo De Narváez, dono de várias redes de supermercados argentinos. Jorge Pablo Brito, de 43 anos, 40º presidente do River, o mais novo da história de 121 anos do clube, é filho de um dos maiores banqueiros do país.

O RIVER SEGUIU ESTUDO técnico e escolheu a cor cinza dos novos assentos, por permitir vida útil mais longa e mais economia em estádios descobertos, mais diretamente afetados pelos raios ultra violeta. Os estádios do Tottenham, Real Madrid e Athletico Paranaense, entre os mais modernos do mundo, foram citados. 

A EXEMPLO DOS ESTÁDIOS da Europa, os assentos mais populares do novo Mâs Monumental deixará os torcedores do River a 12 metros do gramado. As três primeiras Libertadores que o River ganhou, em 1986, 1996 e 2015, foram em seu estádio. A 4ª, em final inédita com o arquirrival Boca, foi em 2018, no estádio do Real Madrid.

Fotos: LA NACION/Rodrigo Néspolo