AS ELIMINATÓRIAS para a Copa do Mundo de 2026, primeira com 48 seleções e em três países, estão completando 70 anos, disputadas desde 1954, com a pior participação do Brasil, que terá a chance de se reabilitar nos jogos com o Chile (penúltimo) e Peru (último), amanhã (10) e 3ª (15).
A ESTREIA DO BRASIL foi no domingo, 7 de março de 1954, no estádio do Club Libertad, em Assunção, com vitória sobre o Paraguai por 1 x 0, gol de Baltazar, artilheiro do 15º título do Corinthians, campeão de 1954, ano do Quarto Centenário de São Paulo (25 de janeiro de 1554).
A SELEÇÃO SÓ TINHA jogadores do Rio e de São Paulo, no 2-3-5 da época: Veludo (Fluminense), Djalma Santos (Portuguesa) e Pinheiro (Fluminense); Bauer (São Paulo), Brandãozinho (Portuguesa) e Nilton Santos (Botafogo); Julinho (Portuguesa), Didi (Fluminense), Baltazar (Corinthians), Humberto Tozzi (Palmeiras) e Rodrigues (Palmeiras).
CAMPEÃO PAN-AMERICANO invicto em 1952 no Chile, o técnico Zezé Moreira, campeão carioca em 1948 no Botafogo e em 1951 no Fluminense, classificou a seleção nas eliminatórias com 1 x 0 e 4 x 1 no Paraguai; 1 x 0 e 2 x 0 no Chile. Dos 8 gols, 5 de Baltazar, 2º maior artilheiro do Corinthians – 269 gols, 71 de cabeça, entre 1945 e 1957 -, apelidado de Cabecinha de Ouro.
Pinga (de costas), técnico Zezé Moreira e Julinho, em treino da seleção brasileira em Bienne, na Suíça
OS MELHORES da seleção do Paraguai vieram para o Brasil: o volante Gavilan, comprado pelo Bangu; o ponta-esquerda Silvio Parodi e o goleiro Victor Gonzalez, campeão invicto do Rio-São Paulo de 1957 pelo Fluminense, emprestado pelo Vasco, porque Castilho se recuperava da amputação da metade do dedo mindinho esquerdo.
A MELHOR CAMPANHA do Brasil nas eliminatórias foi a de 1969, em que a seleção de João Saldanha marcou 23 gols e sofreu 2, com 5 x 0 e 6 x 0 na Venezuela; 2 x 0 e 6 x 2 na Colômbia; 3 x 0 e 1 x 0 no Paraguai, com o recorde de 183.341 pagantes no Maracanã (31/8/69), superando os 177.020 pagantes do Fla-Flu decisivo dos tempos de ouro do Campeonato Carioca (15/12/1963).
A PRIMEIRA DERROTA do Brasil nas eliminatórias foi para a Bolívia (2 x 0), domingo, 25/7/1993, no estádio Hernando Siles, em La Paz. A seleção do técnico Parreira: Taffarel, Cafu, Valber, Marcio Santos e Leonardo; Mauro Silva, Luiz Henrique (Jorginho), Raí (Palhinha) e Zinho; Bebeto e Muller.
A SELEÇÃO DE 2024, em 5º lugar, com 10, dos 24 pontos disputados, decepciona com 3 vitórias, 4 derrotas, 1 empate, 9 gols marcados, 8 gols sofridos. O Brasil tem menos 8 pontos que a líder Argentina e menos 6 que a vice-líder Colômbia, única sem derrota: 4 vitórias, 4 empates.
OS PRÓXIMOS ADVERSÁRIOS do Brasil são os últimos colocados: Chile, 9º com 5 pontos, 1 vitória, 2 empates, 5 derrotas, 4 gols marcados, 12 gols sofridos, e Peru, 10º com 3 pontos, único sem vitória, 3 empates, 5 derrotas, 2 gols marcados, 10 gols sofridos.
Foto: Arquivo/CBF e José Santos 09/06/1954