ALEGRA-ME REGISTRAR o aniversário de 73 anos, hoje (6), de Marco Antônio Feliciano, que vi chegar aos 17 anos nas Laranjeiras, quando cobria o Fluminense, e cuja carreira de campeão acompanhei também na seleção e no Vasco. Bom na marcação e nos cruzamentos, foi um lateral-esquerdo técnico, em nível de Nilton Santos (o melhor de sempre), Altair, Junior e Branco, entre os meus preferidos.
MARCO ANTÔNIO começou a se destacar aos 15 anos na Portuguesa Santista, entre 66 e 68, quando chegou ao Fluminense, ganhando 172 dos 330 jogos e marcando 29 gols nos quatro títulos cariocas. No de 1969, com Telê Santana, com 12 vitórias em todos os 18 jogos; em 1971, com Zagallo, 10 vitórias, em 19 dos 20 jogos.
NO 3º TÍTULO CARIOCA, em 1973, Marco Antonio atuou em 16 dos 25 jogos, com 13 vitórias, com o técnico Duque. No único título em que teve dois técnicos, em 1975, participou de 25 dos 30 jogos, com 18 vitórias, com Didi e Paulo Emílio. Saiu em 1976 para o Vasco, que defendeu até 1980, em 282 jogos, com 21 gols.
TRICOLOR DE CORAÇÃO, diz ser impossível esquecer do time campeão de 1969, seu primeiro título carioca, na época do 4-2-4: Félix, Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio; Denilson (Silveira) e Lulinha; Wilton, Flávio, Claudio e Lula, base que só teve as entradas de Didi, Cafuringa e Ivair no título de 1971.
MARCO ANTÔNIO viveu um ano especial no Vasco, em 1977, em 28 dos 30 jogos, campeão com 25 vitórias em 27 jogos, sem sofrer gol em todos os 15 jogos do 2º turno. Ele recorda: “Orlando, Abel, Geraldo e eu formávamos a linha do inferno, ninguém passava, e se passasse, o Mazaropi defendia”.
NA SELEÇÃO, Marco Antônio ganhou 35 dos 51 jogos, sofreu só três derrotas e empatou 13. Campeão da Copa de 70, entrou nos jogos com a Romênia e Peru. Titular em oito dos nove amistosos de 1973 à África e Europa, não teve brecha nos sete jogos da Copa de 1974, em que Zagallo efetivou Marinho Chagas.
PRATICAMENTE no ocaso da carreira, Marco Antônio ainda fez 106 jogos pelo Bangu, com 48 vitórias e 7 gols, entre 1981 e 1983. Fizeram parte de sua reta final, o goleiro Tobias e o zagueiro Moisés, que brilharam no Corinthians; o volante Carlos Roberto, bicampeão no Botafogo, e os meias Arturzinho, de técnica refinada, e Rubens Feijão.
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