A subsecretária nacional de Saúde foi clara e objetiva em sua fala da noite de ontem (14), em Roma: “Enquanto não houver vacina contra o coronavírus, não haverá futebol com público na Itália”. Sandra Zampa, de 63 anos, no cargo desde 2019, é das mais conceituadas da equipe de trabalho do primeiro ministro Giuseppe Conte (55), que também tem repetido: “Para o governo, o mais importante é a saúde dos italianos”.

PEDIDO – Os clubes italianos, principalmente os vinte da Série A, voltaram a pedir ao governo, através da Secretaria Nacional de Saúde, a liberação para treinos e jogos do campeonato. O primeiro ministro deixou o assunto com a subsecretária e ela tem mantido a política de intransigência do governo: “Só voltaremos a ver os estádios cheios, como estão sempre em todos os jogos, quando houver a vacina as condições máximas de segurança” – disse Sandra.

MAIO – No pedido, os clubes insistiram para que possam voltar aos treinos em maio e recomeçar o campeonato em junho, mas o governo se recusa a conceder a autorização. Roberto Speranza, de 41 anos, ministro da Saúde, disse na noite de ontem (14), que “a situação continua grave no país, ainda que o recuo da epidemia tenha sido registrado em algumas cidades”, mas citou Milão, Bergamo, Brescia e Cremona como “das mais atingidas”.

MAIS BAIXO – A Itália registrou até ontem (14), às últimas horas da noite, 675 infectados e 602 mortes, números mais baixos das últimas horas. As infecções totais são de 104.291 e de mortes, 21.076, enquanto 37.130 foram curados. Os internados em UTIs são 3.186, menos 74 que na segunda-feira (13). O primeiro ministro Giuseppe Conte voltou a dizer com muita ênfase: “O que mais importa na Itália é recuperar os doentes e evitar novas mortes”.