QUANDO O REAL MADRID ganhou o quarto dos catorze títulos de maior campeão da Europa, na 4ª feira, 18 de maio de 1960, diante de 130 mil torcedores no Hampden Park, em Glasgow, na Escócia, o carioca Canário, de 26 anos, revelado no Olaria e vice-campeão carioca de 1955 no América, era o ponta-direita da época de cinco atacantes, com Del Sol, Di Stefano, Puskas e Gento. Real Madrid 7 x 3 Eintracht Frankfurt, final com mais gols da história da Liga dos Campeões.
REAL MADRID – Rogelio Dominguez, goleiro argentino que em 69 foi vice-campeão carioca no Flamengo, Marquitos, Santamaria, Pachin e Vidal; Zárraga e José Maria; Canário, Del Sol, Di Stefano, Puskas e Gento, o time do técnico Miguel Muñoz, campeão da Europa de 1959-60, com quatro gols de Puskas, artilheiro com 12, e três gols de Di Stefano, vice-artilheiro com 8. “O jogo mais marcante da minha carreira” – relembra Canário.
HOJE, AOS 89 ANOS (24/5/1934), Darcy Silveira dos Santos, o Canário, é um bem-sucedido diretor de hotelaria em Zaragoza, onde jogou pelo Real Zaragoza (63 a 68), penúltimo clube da carreira, encerrada no Mallorca, em 69. E recorda: “O ataque do América – Canário, Romeiro, Leônidas, Alarcon e Ferreira -, em que fomos vice-campeões em 55, era muito bom. Fizemos 4 x 1 no Flamengo, em grande noite no Maracanã”.
CANÁRIO DIZ QUE “o Real Madrid é um clube diferente, pelo rigor que adota no profissionalismo”, lembrando que desde sua época já existia racismo no futebol: “Eram manifestações isoladas, como algumas que houve com o Didi, que ficou pouco tempo no clube”. Didi só fez 19 jogos e marcou 6 gols, mas não disputou a Liga dos Campeões: “É falsa a versão de que foi boicotado pelo Di Stefano. O Didi não se adaptou e sofria muito com o frio” – lembra Canário.
CANÁRIO fez sete gols em sete jogos pela seleção brasileira, campeã da Taça do Atlântico e da Copa Oswaldo Cruz, em 1956, dirigida por Flavio Costa, primeiro técnico a ser chamado de professor. A seleção: Veludo (Fluminense), Djalma Santos (Portuguesa), Edson (América), Zózimo (Bangu) e Hélio (América); Formiga (Santos) e Ilton (Bangu); Canário (América), Zizinho (Bangu), Leônidas (América) e Ferreira (América).
A ESPANHA É RECORDISTA de títulos da Liga dos Campeões, com 19 (14 do Real Madrid, 5 do Barcelona). A Inglaterra tem 14 títulos; a Itália tem 12 (7 do recordista Milan); a Alemanha tem 8 (6 do Bayern Munique) e a Holanda, 6 (4 do Ajax). O jogador recordista de títulos, com 6, foi o ponta-esquerda Francisco Gento, do Real Madrid. Com cinco, Di Stefano (Real Madrid); Cristiano Ronaldo (Manchester United 1 e 4 pelo Real Madrid), e Paolo Maldini e Alessandro Costacurta (Milan).
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