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“TENTO DAR ÀS CRIANÇAS O QUE NÃO TIVE QUANDO ERA PEQUENO” – resumiu Marcus Rashford, de 24 anos, craque do Manchester United, ao receber ontem ( 9 ), do príncipe William, de 39 anos, nobre da família real britânica, a medalha de Membro da Ordem do Império Britânico, em cerimônia no Castelo de Windsor. Foi o reconhecimento ao trabalho que Rashford realizou no verão de 2020, beneficiando 1.300 mil crianças, em campanha de combate à má nutrição infantil.

EMOCIONADO, E QUASE CHORANDO, o ponta do Manchester United fez o príncipe William, filho da princesa Diana – 1961 – 1997 -, também se emocionar, ao revelar que vai entregar a medalha à mãe, Melanie: “É a gratidão que terei sempre por minha mãe, pessoa mais importante da minha vida. Sozinha, superando todas as dificuldades, ele me criou, e mais quatro irmãos, não só com sustento, mas nos educando e ensinando a respeitar sempre os mais velhos”.

O CRAQUE INGLÊS também fez questão de ressaltar que, para executar a ideia, contou com o apoio de algumas das maiores marcas do Reino Unido, que contribuiram com produtos essenciais para a campanha. O primeiro-ministro Boris Johnson, de 57 anos, líder do influente Partido Conservador, também exaltou a iniciativa do craque do Manchester United: “Rashford fez tudo com muita discrição, sem demonstrar o mínimo interesse de tirar proveito pessoal”.

FATOS MARCANTES – Rashford formou-se na base do Manchester United, entre 2005 e 2015, quando se profissionalizou. Na seleção inglesa, foi da sub-15 a sub-21, e aos 18 anos e 208 dias, tornou-se o mais jovem a marcar em estreia na principal, no 2 x 1 na Austrália, em 27 de maio de 2016. Antes, em 20 de março de 2016, já havia sido o mais jovem, aos 18 anos e 141 dias, a fazer gol no clássico Manchester United x Manchester City.

10 SEMANAS DE PRISÃO – Enquanto Rashford recebia a medalha, o Tribunal de Willesden, em Londres, condenava o torcedor Jonathon Best, de 52 anos, a 10 semanas de prisão, por filmar e exibir discurso racista, dirigido contra ele e outros dois jogadores – Bukayo Saka e Jadon  Sancho -, por terem perdido os pênaltis na decisão da Eurocopa com a Itália, dia 11 de julho de 2021, no estádio de Wembley, nos arredores da capital inglesa.

A JUÍZA ELAINE COUSINS ressaltou na sentença: “Quando a maioria do país se orgulhava de Rashford, Sancho e Saka terem chegado, tão jovens, à primeira final internacional após mais de meio século (referindo-se à única Copa do Mundo, que a Inglaterra ganhou em 1966), Jonathon Best recorreu ao Facebook para transmitir uma enxurrada de abusos racistas. Espero que a punição o eduque a não repetir, e agradeço a quem relatou esse crime de ódio”. 

Foto: Twitter