O BANIMENTO DE CLUBES E SELEÇÕES DO FUTEBOL DA RÚSSIA, de todas as competições, foi uma decisão correta da FIFA e da UEFA, aplaudida pelas pessoas equilibradas e de bom-senso. Adotada menos de uma semana depois da invasão da Ucrânia, colocando sob ameaça a paz no mundo, a medida confirma a posição firme das duas entidades que controlam o futebol. E, com certeza, será mantida com todo rigor.

A ENTÃO UNIÃO SOVIÉTICA PARTICIPOU NOVE VEZES CONSECUTIVAS das Copas do Mundo, eliminada nas quartas de final de 1958, após a derrota por 2 x 0 para o Brasil, com Garrincha e Pelé, pela 1ª vez juntos na seleção, e em 1962, quando sofreu o único gol olímpico das 21 Copas (4 x 4 com a Colômbia). O 4º lugar foi a melhor colocação na Copa de 1966, até ser eliminada na 1ª fase da última, em 1990.

A PARTIR DE 1994, A RÚSSIA SÓ PARTICIPOU DE QUATRO COPAS. Foi eliminada em três na 1ª fase – 94, 2002 e 2014 -, e na mais recente, a que promoveu em 2018, foi eliminada nas quartas de final. Não se classificou em 98, 2006 e 2010. A repescagem de 2022, que disputaria com a Polônia, dia 24 de março, foi cancelada, e a Polônia disputará a vaga no playoff final com o vencedor de Suécia x República Tcheca.

A UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS SOVIÉTICAS, criada em 30 de dezembro de 1922 e desfeita em 26 de novembro de 1991, era composta por 15 diferentes repúblicas. Configurou-se ao longo de 69 anos como um dos países mais poderosos do mundo e como a segunda maior potência militar do planeta, sob opressão de Vladimir Lênin e seu sucessor Josef Stalin, que mandaram matar milhões de soviéticos.

SÓ ESTIVE UMA VEZ NA UNIÃO SOVIÉTICA. Foi na excursão de sete jogos, em 1973, iniciada na África, com 2 x 0 na Argélia e 4 x 1 na Tunísia. O jogo em Moscou foi o quarto na Europa, depois de 0 x 2 com a Itália, em Roma; 1 x 1 com a Áustria, em Viena, e 1 x 0 na Alemanha, em Berlim. O Brasil venceu 1 x 0, gol de Jairzinho, diante de 90 mil no estádio Lênin. O ponta Blohkin era o que restava da seleção soviética.

MESMO DEBILITADO por uma gripe muito forte, contraída com a poeira das roupas de cama do quarto do hotel, ainda tive ânimo para a cobertura do jogo. Por coincidência, exatos três anos depois dos 4 x 1 na Itália, na final de 21 de junho de 70, o que lembrei na entrevista com Zagallo, que agradeceu. Nunca mais voltei a Moscou, mas a ordem de matar, de Lênin e Stálin, continua Vladimir Putin, o Hitler do século XXI.

Foto: Sic Notícias