Carinho, respeito e admiração pela carreira brilhante do maior lateral-direito da história do Flamengo estão estabelecendo recordes de visitas ao busto de Leandro, inaugurado com uma festa bem organizada e muito concorrida, na tarde do último sábado (23), uma semana após o craque completar 60 anos, no dia 17. Os torcedores que não puderam ir no dia, estão comparecendo à sede social, com entrada pela área nobre da Lagoa, na Avenida Borges de Medeiros, para fotos e filmagens.

ELOGIO AO BUSTO – Primeiro a usar a nova camisa rubro-negra, que o time só estreou no Fla-Flu do dia seguinte, Leandro disse que o busto “é uma peça muito bem feita e que me deixou ainda mais feliz pela fidelidade da minha imagem”. O ex-lateral, hoje aos 60 anos, levou os torcedores ao delírio, ao cantar junto com eles, a plenos pulmões, o hino do clube, aumentando o tom da voz no trecho “eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo”.

A HISTÓRIA – Considerado, com justiça, como um dos maiores laterais de nível técnico do futebol mundial em todos os tempos, Leandro mostra-se orgulhoso ao lembrar que foi quatro vezes campeão carioca – 78, 79, 81 e 86 -, três vezes campeão brasileiro – 80, 82, 83 – e que fez parte da geração de ouro do Flamengo, que ganhou em 81 a Copa Libertadores e o Mundial de clubes. Ele repetiu o que está escrito na entrada do Fla-Memória: “Não me sentiria bem vestindo outra camisa que não fosse a do clube do meu coração, o Flamengo”.

LEANDRO – o peixe-frito, apelido dado pelo rubro-negro Jorge Curi – um dos maiores narradores-esportivos da história, com quem tive a honra de começar a carreira de repórter em 58, na Rádio Nacional, e de cobrir minhas duas primeiras Copas do Mundo (70 e 74) -, honrou a camisa do Flamengo de 78 a 90, em 415 jogos, marcando 14 gols, em 238 vitórias, 99 empates e 78 derrotas. Em 1982, na Espanha, a crônica internacional o elegeu, por unanimidade, o melhor lateral-direito da décima segunda Copa do Mundo.