CLASSIFIQUEI COMO ANIMADOR o início do trabalho do técnico Dorival Junior, depois do 1 x 0 na Inglaterra, em Londres, e considero positivo o saldo da seleção brasileira, após os dois primeiros jogos com o novo técnico, após o 3 x 3 da noite desta 3ª feira (26), diante de 73 mil torcedores no estádio do Real Madrid.

DORIVAL JUNIOR TEM VISÃO privilegiada do jogo. Poucos técnicos teriam feito quatro substituições simultâneas na volta do intervalo, depois que a seleção nada rendeu e foi amplamente dominada no 1º tempo, ao sofrer dois gols e conseguir diminuir a diferença com o presente que Rodrygo ganhou do goleiro.

O BRASIL COMETEU a primeira falta aos 9 segundos, com uma sola de João Gomes em Lamine Yamal, o jovem de 16 anos do Barcelona, bem escolhido como melhor do jogo. João Gomes repetiu o erro aos 10 minutos, com o pênalti em Lamine Yamal, e o volante Rodri, converteu com chute forte no meio do gol.

O BRASIL SÓ DEU O PRIMEIRO chute no gol aos 17, com Vinicius Jr e defesa tranquila do goleiro. A Espanha ampliou aos 36, com Olmo finalizando de canhota, após uma caneta em Beraldo e um drible seco em Bruno Guimarães. O goleiro deu a bola nos pés de Rodrygo, na meia-lua, que o encobriu aos 39 minutos.

NÃO VOLTARAM DO INTERVALO João Gomes, Bruno Guimarães, Danilo e Raphinha, entrando Andreas Pereira, André, Yan Couto e Endrick, que empatou aos 7 minutos, de canhota, aproveitando a rebatida de cabeça de Laporte, após o escanteio. Substituições importantes para mudar o rendimento da seleção.

ESPANHA 3 x 3 BRASIL, de muita intensidade do início ao fim, terminou com dois gols de pênalti. Rodrigo recolocou a Espanha à frente (3 x 2), convertendo aos 41 o de Beraldo em Carvajal, que aos 51, derrubou o estreante Galeno, e Paquetá estabeleceu o placar final (3 x 3), que se ajustou ao que produziram as seleções.

AS 17 REGRAS DO FUTEBOL são iguais, mas as interpretações do árbitro podem mudar. Escalado na véspera, para substituir João Pinheiro, que torceu o tornozelo, o árbitro Antonio Nobre, também português, marcou dois pênaltis questionáveis. Mas foi correto nos amarelos em Normand, Laporte, Bruno Guimarães, Paquetá, Andreas Pereira e Endrick, que poderia até ser expulso pela falta em Fabian.

BENTO, Danilo (Yan Couto), Fabricio Bruno, Beraldo e Wendell; João Gomes (Andreas Pereira), Bruno Guimarães (André) e Paquetá; Raphinha (Endrick), Rodrygo (Galeno) e Vinícius Jr (Douglas Luis), a seleção do 3º empate (1º 3 x 3) em 10 jogos com a Espanha, que venceu dois e perdeu cinco.

DORIVAL JUNIOR admitiu que a seleção teve dificuldade para impedir o domínio da Espanha, mas salientou que “a capacidade de reação foi grande para evitar a derrota, depois de duas vezes em desvantagem”. O técnico fez questão de ressaltar: “Jogamos com duas das melhores seleções atuais do mundo”.

ANTES DA ESTREIA na Copa América, dia 24 de junho com a Costa Rica, o Brasil fará dois amistosos nos Estados Unidos, dia 8 com o México, no Texas, e dia 12 com os Estados Unidos, na Flórida. Depois da Copa América, a seleção voltará às eliminatórias para a Copa do Mundo, dia 5 de setembro, no Brasil, com o Equador.

Foto: Rafael Ribeiro/CBF