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O técnico Jorge Jesus não reencontrou ambiente favorável na volta ao Benfica, um ano depois do trabalho bem-sucedido no Flamengo. Os torcedores estenderam faixas de protesto contra ele, chamado de Judas, e o presidente Luis Filipe Vieira, criticado por tê-lo contratado pelo que classificam como valores astronômicos, que poderiam ter sido investidos em outro técnico de mais gabarito, mencionando os nomes de José Mourinho e Pep Guardiola.

SEM QUE NO BRASIL seja possível entender bem o significado das palavras, uma das faixas contra o ex-técnico do Flamengo mostrava os seguintes dizeres: “Em 1907, 8 foram para lá e não voltaram. Hoje, sem orgulho, Judas voltou. Cosme, vês no que isto se tornou?” A outra faixa, contra o presidente do clube, mais em tom político: “A democracia, os valores e a mística na rua da amargura. Eis o Benfica da “estrutura”, em referência ao empenho de Vieira para se reeleger em outubro para o sexto mandato.

BEM MAIS DIFÍCIL – O técnico teve também uma conversa reservada com seu advogado Luis Miguel Henrique, que foi claro: “As dificuldades do Benfica serão ainda maiores nas duas próximas temporadas para ganhar o título porque o Sergio Conceição (técnico do Porto, campeão de 2019-2020) montou uma boa base. O Benfica não aproveitou a chance para esmagar o Porto financeiramente e a situação com certeza ficará bem mais difícil.

TRÊS BRASILEIROS – Jorge Jesus mostra-se apreensivo porque a situação do Benfica não é favorável a investimentos. Ele sabe que o clube não terá como comprar nenhum dos jogadores que pretende do Flamengo. Dos nomes possíveis, três brasileiros: o lateral Gilberto (Fluminense), o zagueiro Lucas Veríssimo (Santos) e o atacante Everton (Grêmio). Entre os que estão na Europa, o meia colombiano James Rodriguez (Real Madrid) e o atacante uruguaio Cavani, recém saído do PSG.

85 ANOS DEPOIS – Os jornais portugueses destacam em suas edições de hoje (23) o feito do técnico Paulo Fonseca, em sua primeira temporada na Itália. Ele conseguiu ontem (22), no estádio Paolo Mazza, na cidade de Ferrara, a goleada (6 x 1) sobre a Spal, placar que a Roma só havia alcançado, pela última vez, sobre a Alessandria, há 85 anos, na temporada 1934-35. Ex-zagueiro, Paulo Fonseca, de 46 anos, foi técnico do Porto, campeão da Taça de Portugal 2015-16, e entre 2016-17-18 ganhou o tricampeonato e a Copa da Ucrânia com o Shakhtar, da cidade de Donetsk.

O lateral-direito paulistano Bruno Peres, de 30 anos, formado no Audax, marcou o quarto e o quinto da goleada. Ele está na Roma desde 2016, após jogar no Santos – campeão da Recopa Sul-Americana 2012 – e no Torino. Seu desempenho, marcando e apoiando, é muito elogiado pelo técnico Paulo Fonseca.

Fotos: Esporte Interativo, Yahoo Esportes e UOL Esportes.