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Com a goleada (4 x 1) sobre o estreante Al Ain, dos Emirados Árabes, o Real Madrid ganhou na noite deste sábado (22), pela terceira vez consecutiva, o Mundial de clubes da Fifa, diante de 43 mil torcedores, no estádio Zayed, em Abu Dhabi. O apoiador Luka Modric – melhor jogador da Copa do Mundo 2018 – fez o gol mais bonito, aos 14 minutos, com chute de canhota, pouco antes da meia-lua da área, no canto direito do goleiro Khalid, que saltou bem, mas não conseguiu tocar na bola.


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O meia Marcos Llorente fez 2 x 0 aos 10 do segundo tempo, também pouco antes da meia-lua da área, com chute forte de pé direito, em seu primeiro gol como profissional. O capitão Sergio Ramos usou a cabeça aos 34 para marcar o terceiro gol, após escanteio da direita batido pelo lateral Carvajal. Shiotani, também de cabeça, fez o gol do Al Ain aos 41, no ângulo direito, e o quarto gol do Real Madrid, aos 47 minutos, foi contra do zagueiro Nader, de pé direito, desviando chute de Vinícius Júnior.

BOLA DE OURO – A Fifa premiou logo após o jogo os melhores do Mundial de clubes, com o presidente Gianni Infantino à frente da solenidade no gramado, com a presença dos presidentes Florentino Perez (Real Madrid) e Rodolfo d’Onofrio (River Plate). Gareth Bale, atacante do Real Madrid, foi o primeiro, recebendo a Bola de Ouro de melhor jogador. O segundo, com a Bola de Prata, Caio Lucas, paulista, 24 anos, do Al Ain, e o terceiro, com a Bola de Bronze, o meia argentino Rafael Borré, do River, que foi o artilheiro.

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BRASILEIRO – O árbitro Wilton Pereira Sampaio, da Federação Goiana e um dos bons do Brasileirão 2018, foi o quarto árbitro de Real Madrid 4 x 1 Al Ain, recebendo a medalha do próprio presidente da Fifa. O árbitro Jair Barrufo, de pais mexicanos, nascido nos Estados Unidos, teve atuação muito boa, apitando 22 faltas – 12 do Real Madrid – e só mostrou um cartão amarelo, para o lateral-direito espanhol Carvajal, por falta no atacante brasileiro Caio Lucas, no último lance do primeiro tempo.


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OS CAMPEÕES – Courtois, Carvajal, Varane, Sergio Ramos (cap) e Marcelo; Marcos Llorente (Casemiro, 34 do segundo tempo), Luka Modric e Toni Kroos (Ceballos, 27 do segundo tempo); Lucas Vazquez (Vinícius Júnior, 39 do segundo tempo), Benzema e Gareth Bale. O Real Madrid usou seu tradicional uniforme, todo branco. O treinador croata Zoran Mamic, do Al Ain, foi o primeiro a estender a mão ao técnico argentino Santiago Solari para cumprimentá-lo pelo título do Mundial de clubes.

O TÉCNICO – Santiago Solari ganhou o primeiro título como técnico do Real Madrid, que defendeu como meia em 208 jogos, marcando 22 gols, de 2000 a 2005, depois de jogar pelo River, San Lorenzo, Atlético de Madrid e Inter de Milão. Solari tem 42 anos e foi campeão europeu em 2002, em uma das equipes notáveis do Real Madrid, com Zidane, Ronaldo Fenômeno, David Beckham e Roberto Carlos. Assumiu a equipe principal há dois meses, após cinco anos como técnico do Real Castillas, o time B.

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RECORDISTAS – Do elenco atual do Real Madrid só três são recordistas de participações em finais: Sergio Ramos, Benzema e Carvajal, que ganharam os últimos 13 títulos das 16 finais. O Real Madrid ganhou, pela primeira vez, uma decisão sem Cristiano Ronaldo, agora na Juventus de Turim, líder e artilheiro do Campeonato Italiano.

BELO ESPETÁCULO – A festa de encerramento no estádio Zayed, em Abu Dhabi, foi muito bonita e bem organizada. Após a entrega da taça a Sergio Ramos, capitão do Real Madrid, teve início a queima de fogos. Um espetáculo pirotécnico de muita qualidade e aplaudido pelos torcedores, que antes da volta ao vestiário os jogadores retribuiram também com aplausos. Bom dizer: o presidente do Real Madrid se sentiu pouco à vontade ao ter que entrar em campo de mãos dadas com o sheik, dono do Al Ain. É o que manda a tradição do país.

FAMÍLIA REAL – Marcos Llorente, 23 anos, da base do clube, marcou o primeiro gol como profissional. É de família com muita história no Real Madrid: seu pai Paco e seu avô Ramon foram atacantes, assim como o tio Francisco Gento, do time pentacampeão da Liga dos Campeões, ponta-esquerda famoso do melhor ataque de todos os tempos do clube com Canário, Del Sol, Di Stefano, Puskas e Gento. Bom lembrar: Puskas e Di Stefano, únicos do Real Madrid, que fizeram três gols em finais da Liga dos Campeões.