A rotina é preocupante. O Vasco está se acostumando a perder, sem mostrar capacidade de reação. Seu novo técnico sofreu a terceira derrota consecutiva, em jogo em que o time só marcou um gol (de pênalti) e sofreu seis. Em 22 jogos, porque lhe falta o atrasado da segunda rodada com o Santos, o Vasco ainda não teve competência para ganhar pelo menos um jogo como visitante. Empatou três (1 x 1) e ontem sofreu para o América Mineiro a sexta derrota.

MAIS OITO – Dos dezesseis que restam, nove jogos serão fora de casa, a contar do próximo com o Vitória, domingo (9), em Salvador. Dos nove, seis adversários também envolvidos na acirrada disputa para evitar o rebaixamento: Vitória, Paraná, Botafogo, Sport, Fluminense e Ceará, na última rodada, em Fortaleza. Grêmio, Corinthians e Santos são as exceções. A missão do Vasco será muito complicada em todos os jogos como visitante.

EM CASA – Não chega a ser muito diferente a situação em relação aos sete jogos que o Vasco ainda terá como mandante. Pode-se dizer, abrindo exceção à regra, que, teoricamente, só há dois menos difíceis, com o Bahia e o Atlético Paranaense, que o venceram no turno (Bahia 3 x 0, Atlético Paranaense 1 x 0). Os outros cinco no Rio (desde que não negocie o mando com outra praça) serão bem complicados: Flamengo, Cruzeiro, Internacional, São Paulo e Palmeiras. No turno, o Vasco não ganhou de nenhum dos cinco.

RELEMBRANDO – O primeiro rebaixamento do Vasco foi em 2008, com 11 vitórias em 38 rodadas. Em 2018, em 22 rodadas, seis vitórias. O segundo, em 2012, e a volta à Série A em 2014, depois do terceiro lugar na Série B, o que também se repetiu, sob muita tensão e nervosismo, na última rodada, em 2016, após o terceiro rebaixamento em 2015. Se não houver, como todos os vascaínos esperam, reação imediata, 2018 será o ano da quarta queda para a Série B. Algo que não condiz com a tradição do futebol do clube.

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF