Quase quatro anos depois de estrear na goleada de 4 x 0 sobre a Holanda, em amistoso em 31 de agosto de 2017, o meia-atacante Antoine Griezmann, campeão do mundo em 2018, amplia amanhã (31) a maior sequência de jogos (46) com a camisa da seleção da França, ao enfrentar a Bósnia Herzegovina, no estádio Grbavica, da capital Saravejo, pela terceira rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. Ele supera Patrick Vieira, que fez 44 jogos consecutivos entre 1999 e 2002.
ESPANHA – Griezmann ganhou espaço na seleção francesa depois de se firmar na Espanha, onde começou campeão da segunda divisão com a Real Sociedad em 2009, que o vendeu por 30 milhões de euros em 2014 para o Atlético de Madrid. No time da capital, ganhou a Supercopa da Espanha, a Liga Europa e a Supercopa da Europa, e a Bola de Bronze na disputa com Messi (Ouro) e Cristiano Ronaldo (prata). Em 2016, artilheiro da Euro, recebeu a Chuteira de Ouro.
A MULTA – Depois de cinco anos, sempre muito elogiado pelo técnico argentino Diego Simeone, que o classificava como jogador com mais visão do campo, Griezmann teve saída tumultuada para o Barcelona, que pagou a multa rescisória de 120 milhões de euros. Demorou um pouco a se firmar no time catalão, mas não a ponto de perder o prestígio com o técnico Didier Deschamps, que o manteve titular na Copa do Mundo de 2018, a segunda ganha pela França.
90 JOGOS – O jogo de amanhã (31) com a Bósnia Herzegovina será o nonagésimo de Griezmann com a camisa da França, com 34 gols marcados e 21 assistências. Canhoto e exímio driblador, ele não estabelece diferença entre o futebol que joga no clube e na seleção: “Tanto no tempo do Atlético, quanto no Barcelona, sempre tive liberdade dos técnicos, com orientação para atacar, como também é na seleção, que está sempre buscando o gol” – diz Griezmann, que fez 30 anos no último dia 21.
BOM LEMBRAR – A sequência de 44 jogos de Patrick Vieira, senegalês que se naturalizou francês, foi conseguida nos doze anos em que jogou na seleção. Meia habilidoso e criativo, destacou-se entre 93 e 95 no Cannes, time em que também começou Zidane, seu companheiro de seleção na primeira Copa que a França ganhou em 1998. Patrick Vieira brilhou nos italianos Juventus, Inter e Milan, tanto quanto nos ingleses Arsenal e Manchester City.
DUAS VEZES – Antoine Griezmann revela que a França trabalha forte para manter o título que conquistou em 2018, vinte anos depois de ter sido campeã pela primeira vez em 1998 na final (3 x 0) com o Brasil. Ele diz que Didier Deschamps é perfeccionista e insiste muito nos treinos pela marcação e finalização de meia distância. Bom dizer: depois de Zagalo, em 58-62 e 70, e Beckenbauer, em 74 e 90, Didier Deschamps foi o terceiro campeão do mundo como jogador e técnico em 98 e 2018.
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