Dois dias depois da goleada de 4 x 1 que sofreu do Flamengo, o técnico Adilson Batista, ex-Ceará, assume hoje (29) o Cruzeiro, com a saída de Abel Braga, que em 14 jogos empatou 8, venceu e perdeu 3, o último para o CSA (1 x 0), na noite de ontem (28), no Mineirão, onde a torcida protestou lançando sinalizadores e bombas no gramado.
ABEL BRAGA, em estado de muita tensão nervosa, sequer compareceu à sala de imprensa do estádio para a habitual entrevista após o jogo. Foi substituído pelo diretor de Comunicação Valdir Barbosa, que resumiu: “O Abel está muito nervoso e preferiu não falar com vocês. Pediu desculpa e compreensão pelo momento complicado”.
ADILSON BATISTA ganhou quatro títulos como zagueiro do Cruzeiro, campeão mineiro em 90 e 92, e bicampeão da Copa Sul-Americana em 91-92. Ele disputou 82 jogos e marcou seis gols, entre 1989 e 1993. Como técnico, AdilsonBatista, hoje aos 51 anos, dirigiu o Cruzeiro em 170 jogos, de 2008 a 2010, e foi bicampeão mineiro em 2008-2009.
ÚLTIMA TENTATIVA – Adilson Batista dirigirá o Cruzeiro nos três jogos finais, com Vasco e Grêmio como visitante, e o último com o Palmeiras, no Mineirão. É a última tentativa de livrar do primeiro rebaixamento um clube de 98 anos de história, 40 títulos de campeão mineiro, quatro campeonatos brasileiros e duas Libertadores.
ALAN COSTA – A décima terceira derrota do Cruzeiro, quinta no returno, em seu décimo oitavo jogo como mandante, foi após o goleiro Fabio rebater a cabeçada de Ricardo Bueno. O zagueiro Alan Costa, de 29 anos, 1,94m, paulista de Araraquara, aproveitou para marcar, aos 43 do primeiro tempo. Alan Costa foi tetracampeão gaúcho no Inter (2013-16), e campeão baiano no Vitória (2017).
PÊNALTI PERDIDO – O Cruzeiro pressionou muito no segundo tempo e teve a melhor chance aos 20 minutos, quando o meia Tiago Neves chutou para fora o pênalti de Alan Costa em Pedro Rocha, confirmado na revisão do VAR. Daí até o fim, tumulto entre os torcedores, que até sinalizadores e bombas lançaram no gramado do Mineirão.
DÉCIMO SEXTO com 36 pontos – 7 vitórias, 15 empates, 13 derrotas -, o saldo devedor do Cruzeiro é de 13 gols, com 27 marcados e 41 sofridos. Os torcederos prometem que não darão trégua aos dirigentes e aos jogadores. O policiamento será reforçado nas imediações da Toca da Raposa, a fim de evitar problemas ainda maiores.
CRUZEIRO – Fabio, Orejuela, Cacá, Leo e Egídio; Henrique, Ederson (Robinho, intervalo) e Tiago Neves; Ezequiel (Sassá, 24 do segundo tempo), Fred (Joel, intervalo) e Pedro Rocha. Décimo sexto com 36 pontos – 7 vitórias, 15 empates, 13 derrotas -, o saldo devedor do Cruzeiro é de 13 gols, com 27 marcados e 41 sofridos.
CSA – Jordi, Dawhan, Alan Costa, Luciano Castan e Rafinha (Jean Cleber, 42 do segundo tempo); João Vitor, Nilton e Apodi (Bruno Alves, 24 do segundo tempo); Jonatan Gomez, Euler (Warley, 14 do segundo tempo) e Ricardo Bueno. Técnico – Argel Fucks. Foi a segunda vitória em 18 jogos como visitante, após 12 derrotas sem fazer gol em 10 jogos.
QUATRO CARTÕES – O árbitro Vinícius Dias Araújo, da Federação Paulista, só advertiu com cartões amarelos quatro do CSA – Jordi, João Vitor, Jonatan Gomez e Euller -, em jogo de bom nível disciplinar, apesar do clima tenso fora de campo. R$354.764,00. 30.197 pagantes, em noite de muito tumulto no Mineirão.
Foto: Sete Lagoas