Seis dias após completar 25 anos, o mineiro Breno Henrique Vasconcelos Lopes, aquariano de 24 de janeiro de 1996, nascido em Belo Horizonte e criado no bairro São Bernardo, em Juiz de Fora, entrou para a história, ao marcar apenas o segundo gol, em 17 jogos com a camisa do Palmeiras, cinco dias depois do primeiro, no 1 x 1 com o Vasco, no Allianz Parque pelo Brasileiro. Breno Lopes fez de cabeça, aos 53 minutos, o gol de campeão da Libertadores, que o Palmeiras não conquistava desde 1999.
BRENO LOPES foi a segunda substituição feita pelo técnico do Palmeiras, que o colocou no lugar do meia Gabriel Menino aos 39 do segundo tempo. Catorze minutos depois, Breno, de 1,78m, teve mais impulso que o lateral Pará e completou de cabeça, no ângulo esquerdo, a falta cobrada perto da linha lateral pelo atacante Rony. Assim que viu a bola na rede, ele deu um pique e tirou a camisa para comemorar com os companheiros que ficaram na reserva o gol que entrou para a história do clube.
PAI NÃO QUERIA – Breno Lopes começou nas peladas de várzea e um observador o levou para treinar no sub-15, quando o futebol do Cruzeiro ainda era no Barro Preto. O pai, Tibarney, não queria que fosse jogador, com medo que sofresse contusão grave, mas ele até saiu de casa e foi para o Norte de Santa Catarina, integrando-se ao bom ambiente do Joinvile, que o profissionalizou em 2016. Vice-artilheiro da Série B de 2019 pelo Juventude, chegou ao Palmeiras em novembro de 2020.
SETE DEFINIÇÕES – Os nascidos sob o signo de Aquário – 20 de janeiro a 19 de fevereiro -, décimo primeiro do Zodíaco, estão enquadrados em sete definições: inquieto, criativo, independente, solidário, inovador, imprevisível e humanitário. Breno Lopes diz que todas combinam com sua personalidade e seu jeito simples de ser: “Não fico parado, gosto criar sempre, quero ser cada vez mais independente e participar das campanhas humanitárias. O mundo é injusto: uns com muito, outros sem nada”.
EXPECTATIVA – Breno Lopes considera que “as coisas acontecem quando têm que acontecer”. Na visão dele, o gol do título da Libertadores estava na rota traçada pelo destino: “Nove companheiros estavam a meu lado na reserva, e o técnico me chamou cinco minutos depois que o Patrick substituiu o Zé (Raphael). Poderia ter chamado outro, mas era o meu dia de entrar e de ter a felicidade de fazer o gol que decidiu o jogo”.
PREDILEÇÕES – Breno Lopes, autor do gol do título da Libertadores 2020, é: louco por música – sertaneja, pagode, funk – e quer aprender a tocar cavaquinho; é fã de carteirinha de Ronaldinho Gaúcho, que jogava fácil e muito; vidrado, como bom mineiro, em frango com quiabo; de assistir futebol na televisão: quanto mais vejo, mais aprendo e me corrijo; evangélico, nem sempre vai à igreja, mas reza todas as noites, pedindo pela saúde da filha, de toda a família e de todos os amigos.
Fotos: Rudy Trindade / André Durão / MSN / UOL