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Embora a Confederação Sul-Americana de Futebol já tenha marcado para o dia 9 de dezembro a final da Libertadores 2018, no estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid, o Boca anunciou em seu site, na noite desta última sexta (30), que “esgotará todos os recursos para não disputar o jogo na Espanha e receber a taça”. O clube manteve a posição depois que a Comissão Disciplinar não acatou o recurso e decidiu contratar o escritório Pintó Ruiz & Del Valle, dos mais conceituados em direito esportivo internacional para evitar a realização do jogo.
250 MIL ARGENTINOS – O censo mais recente revela que na Espanha vivem 71 mil argentinos, dos quais 9 mil em Madrid. Mas, contando as pessoas com dupla nacionalidade – espanhola e argentina -, os habitantes chegam a 250 mil. River x Boca terá a organização geral da Real Federação Espanhola de Futebol, cabendo à Confederação Sul-Americana de Futebol apenas a parte administrativa, que inclui arbitragem, deslocamento e hospedagem das delegações. O Real Madrid será responsável pela venda de ingressos, estabelecidos em 81.044, embora o estádio possa receber até 92 mil.
CONGESTIONAMENTO – A central de telefonia da Real Federação Espanhola de Futebol viu-se obrigada a desligar todos os circuitos, desde as primeiras horas de ontem (30), assim que o anúncio do jogo foi confirmado, oficialmente, para o dia 9. Foi distribuído um comunicado da venda dos ingressos via internet e no estádio, dotado de três andares. O ingresso mais barato será vendido por 80 euros (350 reais) e o mais caro por 300 euros. Em moeda argentina, os ingressos vão variar de 3.400 a 12.800 pesos. Com bom humor, um torcedor argentino comentou: “É mais fácil encontrar um tesouro do que conseguir ingresso para este jogo”.
PRESIDENTES – River x Boca foi abordado na abertura do G20 – a reunião dos ministros da Economia dos países mais importantes do mundo -, ontem (30), em Buenos Aires, em reunião separada do presidente argentino Maurício Macri, 59 anos, ex-presidente do Boca, e pelo presidente do governo espanhol Pedro Sanchez, 46 anos, torcedor fanático do Atlético de Madrid, embora tenha jogado basquetebol na escolinha do Real Madrid dos 10 aos 12 anos.
Maurício Macri, primeiro presidente civil argentino em 100 anos, desde a instituição do voto no país, e não peronista nem radical social-democrata, terá assento na tribuna especial do estádio Santiago Bernabeu, ao lado de Pedro Sanchez; de Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol; de Alejandro Dominguez, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol; dos presidentes do River e do Boca, e do presidente Florentino Perez, do Real Madrid.
CAPITÃO DO RIVER PODE SER PRESO NA ESPANHA
O zagueiro Leonardo Ponzio, 36 anos, capitão do River Plate, pode ser preso na Espanha, ao chegar para o jogo do dia 9 com o Boca, na decisão da Copa Libertadores, por ter sido incluído no inquérito policial sobre a manipulação do resultado do jogo em que o Zaragoza, time em que jogava, venceu (2 x 1) o Levante no campeonato de 2010-2011, livrando-se do rebaixamento. A Corte de Valencia decretou em fevereiro deste ano a pena de dois anos para Ponzio e outros dois do Zaragoza: o meia argentino Nicolás Bertolo, 32 anos, e o meia equatoriano Jefferson Monteiro, 36 anos.
PONZIO e Bertolo fizeram parte do elenco campeão da Copa Sul-Americana de 2014 e campeão da Copa Libertadores 2015, a mais recente das quatro ganhas pelo River. Ponzio teve duas passagens pelo Zaragoza, da Espanha, com 5 gols em 114 jogos, entre 2003 e 2006, e também com 5 gols, mas em 96 jogos, de 2009 a 2012. No time espanhol, Ponzio ganhou a Copa do Rei e a Supercopa da Espanha 2003-2004.
Ao tomar conhecimento da informação, a direção do Club Atletico River Plate preferiu o silêncio. O zagueiro Leonardo Ponzio não foi localizado para comentar o assunto.