Foto: CBF
Repetindo três dias depois a vitória espetacular em virada de 3 x 2 sobre a França, na semifinal, a seleção brasileira ganhou o quarto título mundial sub-17, com a virada de 2 x 1 na decisão com o México, no estádio Bezerrão, no Distrito Federal. Todos os gols no segundo tempo, mas o Brasil mandou uma bola na trave chutada por Peglow.
PREDESTINADO – O atacante Bryan Gonzalez fez 1 x 0 aos 7 minutos, completando de cabeça o cruzamento de Pizzuto, e o Brasil empatou com Kaio Jorge, aos 43, convertendo pênalti de Jesus Gomez em Gabriel Veron. Nos acréscimos, Lazaro – atacante do Flamengo – fez o gol do título aos 48, após cruzamento de Yan.
LAZARO é o único mineiro da vitoriosa seleção sub-17 comandada pelo técnico Guilherme Dalla Dea, paulista de 48 anos, e já tratado como uma das joias do futebol de base do Flamengo. Foi artilheiro e campeão brasileiro sub-17 em 2019, marcando gols nos dois jogos da decisão com o Corinthians.
RONALDO E CAFU – Da última seleção brasileira campeã do mundo em 2002, o artilheiro Ronaldo Fenômeno, autor dos gols na final Brasil 2 x 0 Alemanha -, e Cafu, capitão que ergueu a taça em 30 de junho, no Japão, foram ovacionados pelos torcedores no Bezerrão. Antes do jogo, levaram a taça da final sub-17 ao gramado.
PRESTÍGIO – A final do Mundial sub-17 que Brasil e México fizeram na noite de ontem (17), no Distrito Federal, teve o prestígio da mais alta autoridade do futebol mundial, Gianni Infantino, suíço-italiano de 49, presidente da FIFA desde 2016. O paraguaio Alejandro Dominguez, de 47 anos, presidente da Conmebol, também prestigou a festa de encerramento.
QUARTO TÍTULO – O Brasil repetiu o sucesso de 1997, 1999 e 2003, depois de perder a final de 2005 para o México, que sempre fez decisões em nível de igualdade, como na final dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, quando tirou a medalha de ouro do Brasil, então dirigido por Mano Menezes. A Nigéria é a maior campeã sub-17 com cinco títulos.
BRASIL – Donelli, Yan (Gustavo Garcia), Henri, Luan Patrick e Patryck; Cabral, Diego Rosa e Pedro Lucas (Mateus Araújo); Gabriel Veron, Peglow (Lazaro) e Kaio Jorge. O coordenador-geral do futebol de base da CBF é o ex-lateralBranco, tricampeão carioca 83-84-85 no Fluminense e campeão mundial em 1994.
MÉXICO – Eduardo Garcia, Lara, Guzman, Jesus Gomez e Rafa Martinez; Pizzuto, Edgard Martinez, Efrain Alvarez (Ávila Vega) e Luna (Mesmari); Gonzalez e Muñoz (Borquez). O México tem dois títulos, o segundo em 2005, quando venceu o Brasil na final.
ARBITRAGEM – Brasil 2 x 1 México foi muito bem apitado pelo árbitro Andris Treimanis, de 34 anos, há oito no quadro da FIFA. Ele é de Riga, capital da Letônia, banhada pelo Mar Báltico, com praias largas e florestas vastas, na bela região Nordeste da Europa. R$189.760,00. 11.858 pagantes no estádio Bezerrão.
BOLA DE OURO – O atacante Gabriel Veron, do Palmeiras, ganhou a Bola de Ouro de melhor jogador do Mundial sub-17. O técnico Mano Menezes antecipou que Veron será integrado ao elenco principal para a campanha de 2020. A Bola de Prata foi para Adil Aouchiche, da França, e a Bola de Bronze para Eugenio Pizzuto, do México.
LUVA DE OURO – O goleiro Matheus Donelli, do Corinthians, ganhou a Luva de Ouro de melhor do Mundial sub-17. O atacante Kaio Jorge, do Santos, foi premiado com a Chuteira de Bronze como terceiro artilheiro. O segundo foi Nathanael Aouchiche, da França, que ganhou a Chuteira de Prata, e o holandês Sontje Hansen, artilheiro, ganhou a Chuteira de Ouro.