Formado desde os 15 anos na escolinha do clube, o carioca Caio Lopes, de 20 anos, meia ambidestro, combativo e criativo, brilhou não só com o gol, mas também com 87% de aproveitamento nos passes e desarmes, nos 2 x 0 na Ponte Preta, recolocando o Vasco no caminho da vitória, após três derrotas consecutivas. Em seu décimo jogo, primeiro do início ao fim, emocionou-se: “Estou superfeliz pelo primeiro gol como profissional com a camisa do clube que amo”.
ANDREY BEM – O volante Andrey, carioca de 23 anos, também formado na base do clube desde 2011, participou o jogo inteiro com boa atuação e abriu o placar aos 19 minutos, completando de cabeça o cruzamento de Leo Jabá. Estreou campeão como profissional, em 2016, quando o Vasco ganhou a Taça Guanabara e o Carioca, e em 2017 e 2021 a Taça Rio. Muito feliz, Andrey disse: “Vamos recolocar o Vasco no lugar de destaque em que merece estar sempre”.
UM SEGREDO – No vestiário alegre do Vasco, onde todos se abraçaram após os 2 x 0 na Ponte Preta, Lisca não se conteve e gritou Vasco! Vasco! Vasco! Pouco depois, entre emocionado e feliz, porque o time voltou a vencer, após três derrotas, o técnico desabafou: “Eu pediria para sair, se o Vasco não ganhasse hoje”. Há 35 dias no clube, Lisca estreou em 24 de julho, com 4 x 1 no Guarani, e desde então, foram 4 vitórias e 3 derrotas, com 10 gols marcados e 7 sofridos.
BEM NO MEIO – A vitória sobre a Ponte Preta resgatou a autoestima dos vascaínos e deixou o time bem no meio da tabela, décimo entre os vinte, com 31 pontos, 9 vitórias, 4 empates, 8 derrotas, saldo de 2 gols (25 a 23), e tendência de subir muito na sequência do returno. O Vasco volta a jogar em São Januário na próxima sexta (3) com o Brasil, penúltimo com 14 pontos, que no turno levou a virada do Vasco (2 x 1), em Pelotas.
MUITA RAÇA – O Vasco soube mesclar técnica com raça na vitória sobre a Ponte Preta. Poucas vezes se viu a equipe tão compacta, forte na marcação, criativa e finalizando bem. Um dos grandes exemplos foi o zagueiro Leandro Castan, capitão do time, que ganhou todas as divididas e foi o único advertido com cartão amarelo pelo árbitro catarinense Heber Roberto Lopes, por falta mais dura no atacante Marcos Junior.
VANDERLEI, Leo Matos, Miranda, Leandro Castan e Zeca; Andrey, Caio Lopes e Marquinhos Gabriel (Galarza); Leo Jabá (Figueiredo), German Cano (Daniel Amorim) e Gabriel Pec (João Pedro) – o Vasco que ainda não perdeu para a Ponte Preta, em jogos da Série B, com a segunda vitória e um empate. No retrospecto geral, foi o quadragésimo Vasco x Ponte Preta, com 15 vitórias do Vasco, 7 da Ponte Preta e 18 empates, a maioria em Campinas, como no 1 x 1 do turno 2021.
BOTAFOGO – O 1 x 1 do Náutico, em casa, com Vitória, neste domingo (29), foi bom para o Botafogo, que teria saído do G4, se o campeão pernambucano houvesse vencido. Depois de quebrar a invencibilidade do líder Coritiba como mandante, com o 1 x 0 da última sexta (27), o Botafogo manteve o quarto lugar com 35 pontos – 10 vitórias, 5 empates, 6 derrotas, saldo de 7 gols (29 a 22) e vai ainda mais motivado a Belém para o jogo com o Remo, no próximo sábado (4).
G4 EQUILIBRADO – O Coritiba lidera com 39 pontos, 11 vitórias, saldo de 9 gols (25 a 16), só com 1 ponto de vantagem sobre o vice-líder Goiás, com 38, 10 vitórias, saldo de 11 (24 a 13). O CRB, de Maceió, campeão alagoano, é o terceiro com 37 pontos, 10 vitórias e saldo de 7 gols (30 a 23). Faltam 17 rodadas para o final. Nas quatro últimas colocações, Londrina, 21 pontos; Vitória, 20; Brasil, 14, e Confiança 13.
ARTILHEIROS – O carioca Edu, do Brusque, lidera com 11 gols. Leo Gamalho, do Coritiba, 10. Chay, do Botafogo, e Ciel, do Sampaio Corrêa, 8, e Rafael Navarro, do Botafogo, completa a lista dos cinco principais goleadores, além de ser, junto com Jean Carlos, do Náutico, líder de assistências com 6. O ataque mais positivo é o do CRB, com 30, seguido do Botafogo (29) e do Coritiba (25). Defesas menos vazadas, Goiás 13, Coritiba 16, Sampaio Corrêa 17.