A praxe no futebol é a volta do titular, após cumprir suspensão, ou se recuperar de contusão. A rotina deveria ter sido seguida no Flamengo, desde que Diego Alves lesionou o ombro, e foi substituído por Cesar, no 1 x 0 sobre o Santos, na Vila Belmiro, na segunda vitória do Brasileiro 2020 como visitante, domingo, 30 de agosto. Diego Alves teve outro problema, ao testar positivo para a Covid-19, e o rodízio de que o técnico tanto gosta, abriu o espaço que Hugo continua ocupando, com todos os méritos.

A GOLEADA – Hugo estreou na vitória (3 x 1) sobre o Junior, na Colômbia, em 27 de setembro, dez dias após o estrondoso 5 x 0 em que o Flamengo sofreu a maior goleada da Libertadores. Amanhã, no Maracanã, Hugo inicia novembro, completando 11 jogos consecutivos, mantendo boa regularidade; só 8 gols sofridos (apenas 1 de fora da área); sem sofrer gol em 3 jogos, e com um pênalti defendido. Desde então, 8 vitórias e 2 empates, bem acima da média para um goleiro na juventude de seus 21 anos.

PARÂMETRO – Não há como estabelecer parâmetro entre Hugo, de 21 anos, e Diego Alves, 14 anos mais velho, que ao completar 150 jogos no Flamengo, desde 2017, já havia cumprido 142 jogos no Valencia, de 2011 a 2016, quando se tornou recordista em defesas de pênaltis na Espanha, de batedores do nível de Messi e Cristiano Ronaldo. É bom que se frise bem: Diego Alves eliminou a insegurança na defesa do Flamengo, que voltou a ser muito mais firme e confiável.

COM CERTEZA, o Flamengo não deixará de acertar a renovação do contrato de Diego Alves, retribuindo-lhe agora, o que fez há três anos, quando assinou pela metade do que recebia no Valencia. Penso que, além de ser uma decisão justa, é prova de reconhecimento a um profissional aplicado e eficiente, com participação especial em todos os títulos recentes que o futebol do clube conquistou com méritos. Os mesmos que o técnico não deixará de ter, no momento certo de recolocá-lo como titular.

Foto: Esporte R7