Três dias depois de ganhar com todos os méritos a Recopa Sul-Americana, o Flamengo volta hoje (29) ao Maracanã para abrir a Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca, com a Cabofriense. O artilheiro Gabriel e o volante Willian Arão serão os únicos titulares no jogo, às 18 horas, com arbitragem de Alexandre Vargas. Todos os demais poupados para a estreia na Libertadores, quarta (4), na Colômbia, com o Junior, em Barranquilla.
ESCALAÇÃO – O Flamengo estreará na Taça Rio com Cesar, João Lucas, Thuler, Santos e Renê; Arão, Diego, Vitinho e Michael; Pedro e Gabriel. Suspenso da estreia na Libertadores, pela expulsão na final da Recopa Sul-Americana, Willian Arão inicia e durante o jogo, dependendo das circunstâncias, o técnico Jorge Jesus poderá utilizar um ou dois titulares.
ÁRBITRO DA VENEZUELA – O novato Alexis Herrera, de 30 anos e só há um ano na FIFA, apitará Junior x Flamengo. Será seu jogo internacional de número 70, com 270 cartões amarelos e 16 vermelhos aplicados. Apitou Sul-Americano e Mundial sub-20 e na Copa América de 2019 no Brasil. Único jogo de time brasileiro que dirigiu foi o da derrota (1 x 0) do Corinthians para o Guarani, no Paraguai, dia 5 de fevereiro, na fase pré-Libertadores, em que o campeão paulista foi eliminado.
FLAMENGO 100% – Será o quinto Junior x Flamengo, que tem 100% de aproveitamento no confronto. Nos dois primeiros, pela Libertadores de 1984, o Flamengo venceu por 2 x 1, na Colômbia, dia 29 de março, e no segundo, dia 10 de maio, ganhou (3 x 1) no Maracanã. Os outros dois, pela Copa Sul-Americana de 2017: 2 x 1 Flamengo, dia 23 de novembro, no Maracanã, e 2 x 0 Flamengo, dia 30 de novembro, em Barranquilla.
DÉCIMO TERCEIRO – No retrospecto geral, Junior x Flamengo, na próxima quarta (4), será o décimo terceiro jogo do Flamengo com times colombianos: 7 vitórias, 2 empates, 3 derrotas. O único que conseguiu eliminar o Flamengo na Libertadores foi o América de Cali, em 1993, com 2 x 1 em Cali e 3 x 1 no Maracanã. Os dois últimos jogos do Flamengo com colombianos, pela Libertadores, foram em 2002 com o Once Caldas, que venceu (1 x 0) em casa e foi goleado (4 x 1) no Maracanã.
O ADVERSÁRIO DO FLAMENGO
Para ter mais um dia de descanso, o Junior ganhou (3 x 2) do Jaguares de Cordoba, na noite de ontem (28), em Barranquilla, mantendo o quarto lugar do campeonato colombiano com 12 pontos, a dois do líder Nacional de Medellin. O técnico Julio Comensaña, de 71 anos, uruguaio de Montevidéu, já dirigiu 16 equipes e está em sua sétima passagem pelo Junior, que utilizou todos os titulares em sua terceira vitória em sete jogos.
ATUAL CAMPEÃO – O Junior de Barranquilla, atual campeão, ganhou nove vezes o campeonato, duas vezes a Copa da Colômbia e participa pela vigésima vez de competições da Conmebol. Aos 95 anos, o Junior é o terceiro clube mais antigo do país (7/8/1924), e seu atual presidente é Antonio Char, empresário bem-sucedido e irmão de Alejandro Char, prefeito de Barranquilla. A camisa é vermelha e branca em listras verticais. A mascote do time é o Tubarão.
BRASILEIROS – O primeiro brasileiro a jogar em Barranquilla foi Heleno de Freitas, quarto artilheiro da história do Botafogo – 204 gols em 233 jogos, de 1940 a 1948 -, que marcou 14 gols em 17 jogos pelo Junior, entre 1949 e 1950. Depois, Tim, ex-meia do Fluminense, que só fez 24 jogos entre 1950 e 1951, e estreou, aos 36 anos, como técnico do time colombiano. Depois, campeão no Fluminense e no Vasco, e dirigiu a seleção do Peru na Copa de 82.
GARRINCHA – Em 1967 o Junior contratou três veteranos de uma vez: Garrincha, aos 34 anos, que só fez um jogo com o Santa Fé; Dida, artilheiro do Flamengo – 257 gols em 364 jogos, de 1954 a 1963 -, aos 35 anos, e Quarentinha, maior artilheiro do Botafogo – 313 gols em 242 jogos, 1954 a 1964 -, que só ficaram um ano no time. Há um nome de referência na história de 95 anos do primeiro adversário do Flamengo na Libertadores 2020.
GOL HISTÓRICO – Marcos Coll, atacante de 27 anos, nascido em Barranquilla e ídolo da torcida do Junior, fez o único gol olímpico das 21 Copas do Mundo, no empate (4 x 4) com a então União Soviética, hoje Rússia, no estádio Carlos Dittborn, em Arica, cidade praiana do Norte do Chile. Era jogo da Copa do Mundo de 1962, apitado pelo paulista João Etzel Filho. Lev Yashin, o melhor do mundo, era o goleiro da seleção soviética.
Foto: Alexandre Vidal/Flamengo/Divulgação