O FUTEBOL ITALIANO viveu uma noite especial nesta 2ª feira (14), não pela goleada de 4 x 1 sobre Israel, que manteve a seleção na liderança do Grupo 2 da Liga das Nações, mas pela estreia de Daniel, filho de Paolo e neto de Cesare, da 3ª geração Maldini, da história do Milan e da Itália.
TRÊS DIAS APÓS completar 23 anos, nascido em 11 de outubro de 2001, em Milão, o meia Daniel estreou com a camisa 11 da seleção no estádio Friuli, em Udine, por coincidência, o mesmo da estreia do pai, Paolo Maldini, no 1 x 1 do Milan com a Udinese, na noite do sábado, 19 de janeiro de 1985.
APLAUDIDO pela mãe, Adriana Fossa Maldini, ex-modelo venezuelana, e pelo pai, Paolo Maldini, lado a lado na tribuna, Daniel entrou aos 29 do 2º tempo, substituindo o atacante Giacomo Raspadori, do Napoli, e iniciou a jogada do 4º gol, 2º do lateral-direito Di Lorenzo, aos 34 minutos.
CESARE MALDINI, zagueiro do Milan em 412 jogos (58/63), que vi na final do Mundial de clubes de 63 com o Santos, no Maracanã, foi técnico da Itália, 5º lugar, 3 vitórias, 2 empates, na Copa de 98, primeira com 32 seleções, e em 2002 dirigiu o Paraguai, na primeira Copa do Mundo na Ásia (Japão e Coreia do Sul).
PAOLO MALDINI, hoje aos 56 anos, recordista de jogos (902) com a camisa do Milan, única que vestiu, marcando 32 gols e ganhando 26 títulos em 25 temporadas, na seleção, entre 88 e 2002, fez 126 jogos e 7 gols, vice-campeão do mundo em 94 na final com o Brasil (3 x 2 nos pênaltis).
NA CONTRAMÃO do avô e do pai, Daniel foi o primeiro da família Maldini a vestir outra camisa, depois de começar na base do Milan. Ele se tornou profissional no Monza, após curtas passagens pelo Spezia e Empoli. O irmão mais velho, Christian Maldini, de 28 anos, era zagueiro e encerrou a carreira há um ano para ser agente de futebol.
O TÉCNICO Luciano Spalletti, ex-zagueiro de 65 anos, está empenhado em classificar a Itália para a Copa de 2026. Depois do 22º lugar em 2014, na segunda Copa realizada no Brasil, a Itália não conseguiu vaga nas Copas de 2018 e 2022.
NA GOLEADA de hoje (14) sobre Israel, com altíssimas medidas de segurança, muitos protestos nas ruas de Udine e o estádio Friuli só com a metade dos lugares ocupados, o lateral-direito Di Lorenzo, do Napoli, marcou dois gols pela primeira vez com a camisa da seleção.
O PRIMEIRO GOL foi de pênalti, do atacante argentino, naturalizado italiano, Mateo Retegui, da Atalanta, e o terceiro, de Davide Frattesi, meia romano da Inter de Milão, maior artilheiro da era Spalletti. Em falha do goleiro Vicario, o meia Abu Fani, do Ferencvaros, da Hungria, marcou o gol olímpico de Israel.
Fotos: TIZIANA FABI/AFP e OGOL