Sob gritos de time sem vergonha e muitas vaias, o Vasco foi eliminado da Taça Guanabara pela lanterna Cabofriense, que sequer havia feito gol em três jogos, ao perder (1 x 0) no início da tarde desta sexta (31), o jogo adiado da noite de ontem (30), pelo temporal que deixou o estádio de São Januário sem energia elétrica. O gol foi do meia Léo Aquino, paulista de 24 anos, convertendo o pênalti que sofreu de Weley aos 47 do primeiro tempo.
MUITO MAL – O Vasco voltou a jogar muito mal e com a segunda derrota por 1 x 0 – a primeira havia sido para o Flamengo – ficou em quarto lugar no Grupo B com 4 pontos, a 8 do líder Fluminense, único invicto com 12, e a 5 do vice-líder Volta Redonda com 9, restando-lhe os jogos com Botafogo e Portuguesa. O Volta Redonda se classificará se vencer segunda (3) a Portuguesa, mesmo que o Vasco vença o Botafogo, domingo (2), no estádio Nilton Santos.
SEM PONTARIA – Além de pouco criar, o time do Vasco voltou a ser impreciso nas finalizações, como no último lance do jogo desta tarde da última sexta (31) de janeiro, em que Talles, livre na frente do gol, chutou para fora o cruzamento de Vinícius. O goleiro George, da Cabofriense, não chegou a ser exigido em uma só defesa difícil. O rendimento ruim de Talles, Marrony e Ribamar tornou impossível dizer quem foi o pior.
LÉO AQUINO, autor do gol único em São Januário, é paulista de Taubaté, tem 24 anos, 1,70m, meia de habilidade no drible e nos lançamentos. A Cabofriense é seu primeiro time fora de São Paulo, depois de ter atuado em sete equipes do interior, a última, a do Mirassol, em 2019, com 1 gol em 11 jogos. Léo Aquino sofreu o pênalti do zagueiro Werley e converteu com categoria, deslocando o goleiro Fernando Miguel, aos 47 do primeiro tempo.
O TÉCNICO – Gaúcho de Porto Alegre, 45 anos, ex-goleiro, Luciano Quadrosdirigiu a Cabofriense pelo segundo jogo, após a demissão do carioca Alfredo Sampaio, que perdeu os dois primeiros. Quadros conseguiu a nacionalidade de Hong Kong, costa sul da China, onde dirigiu duas equipes, após comandar três times no Canadá. Antes de ganhar o Vasco, ele perdeu, também por 1 x 0, para o Madureira.
VASCO – Fernando Miguel, Yago Pikachu, Werley, Castan e Henrique; Bruno Gomes (Juninho, intervalo), Raul e Gabriel Pec (Vinícius, intervalo); Talles, Marrony (Ribamar, 17 do segundo tempo) e German Cano, muito apagado.O técnico Abel Braga foi duramente vaiado em vários momentos do jogo e até ofendido durante a saída para o intervalo e final. Os protestos devem subir de tom no jogo de domingo (2) com o Botafogo, no estádio Nilton Santos.
CABOFRIENSE – George, Watson (Cardoso, 23 do segundo tempo), Lucas Cunha, Igor e Guilherme; Magno, Gama, Léo Aquino (Victor Souza, 39 do segundo tempo) e Rafael; Rincón e Abner (Dudu Pedrotti, 7 do primeiro tempo). Com três pontos, a Cabofriense passou a lanterna do Grupo A aoBangu, ainda sem vitória, a exemplo do Resende e do Macaé, últimos do Grupo B. Os dois últimos jogos da Cabofriense na Taça Guanabara serão com Macaé e Resende.
CINCO CARTÕES – O árbitro Paulo Renato Coelho, de 30 anos, teve atuação correta e advertiu cinco com cartão amarelo: Raul, Yako Pikachu e Werley – pela falta no pênalti -, e Watson e o goleiro George, da Cabofriense, que fez cera nos minutos finais. Termo antigo no futebol, cerasignifica enrolar, gastar tempo, dar a impressão de que está produzindo. A ceratem sido frequente nos últimos jogos, mas não escapa da punição dos árbitros.
DEVOLUÇÃO – Como se não bastasse a derrota e a eliminação da Taça Guanabara, o Vasco terá que devolver dinheiro a 3.113 torcedores dos 8.488 que compraram ingresso para ver o jogo na noite de ontem (30) e não voltaram a São Januário na tarde de hoje (31). Renda R$289.996,00. Sete torcedores tiveram que ser atendidos, devido ao calor intenso, antes do fim do intervalo do jogo desta sexta (31).
Foto: UOL