Messi marcou o gol 700 da carreira – 630 pelo Barcelona e 70 pela seleção argentina -, mas o empate (2 x 2) da noite desta última terça (30) de junho, no Camp Nou, complicou a situação do time, que pode perder a liderança e terminar a trigésima segunda rodada quatro pontos, se o mandante Real Madrid ganhar quinta (2) do Getafe, quinto com 52 pontos. Foi o terceiro empate nos últimos quatro jogos e o Barcelona tem 70 pontos, mas o Real Madrid pode terminar a rodada com 74.

DIFERENTE – Barcelona 2 x 2 Atlético de Madrid, com o Barcelona duas vezes em vantagem, fizeram um clássico diferente do que estão habituados. Dos quatro gols, o primeiro foi contra, e de letra, e os outros, de pênalti. O sergipano Diego Costa, naturalizado espanhol, fez o primeiro gol contra em seus 149 jogos no campeonato. Na cobrança de falta, ele ficou na barreira e desviou para escanteio a cobrança de Messi. Ao tentar desviar o escanteio de Messi, aos 12 minutos, ele fez gol contra, de letra.

OUTRO ERRO – Oito minutos após o gol contra, Diego Costa voltou a errar, desta vez cobrando o pênalti do chileno Vidal no belga Carrasco. O alemão Ter Stegen defendeu, mas se adiantou e o VAR mandou repetir. Diego Costa então deixou que Saul Ñiguez cobrasse e o meia espanhol converteu. O Barcelona estava há quatro jogos sem sofrer gol em casa. O goleiro esloveno Jan Oblak, de 27 anos, 1,88m, fez linda defesa em cobrança de falta de Messi, aos 42, evitando o desempate.

CAVADINHA – Logo aos cinco minutos do segundo tempo, o gol 700 de Messi, convertendo em cavadinha o pênalti do zagueiro paulistano Felipe,de 31 anos, 1,91m, ex-Mogi, Bragantino, Corinthians e Porto, no lateral português Nelson Semedo, que cometeu o terceiro pênalti do jogo, derrubando Carrasco. O árbitro Alejandro Hernandez fez a revisão no VAR, monitorado por Mateo Lopez, melhor árbitro de La Liga, e confirmou aos 17. Saul Ñiguez repetiu a cobrança no canto esquerdo e o goleiro chegou a tocar na bola, sem evitar o empate final.

APOIO MORAL – Na véspera, o presidente Josep Maria Bartomeu, do Barcelona, foi à casa do técnico Enrique Setien, de 61 anos, levar apoio moral irrestrito, mas ele não conseguiu a oitava vitória como mandante nos últimos nove jogos. O Barcelona apenas se manteve sem perder em casa no atual campeonato, antes e pós-pandemia, ao empatar pela sétima vez em 32 jogos. Mesmo duas vezes à frente, o time não teve bom desempenho e não soube manter as vantagens.

SEM VITÓRIA – Foi o oitavo confronto do técnico do Barcelona com o Atlético de Madrid, a quem só conseguiu vencer quando dirigia o Betis, de Sevilha. Já o argentino Diego Simeone, técnico do Atlético, completou 13 jogos com o Barcelona, no Camp Nou, sem vitória: perdeu sete e empatou o sexto, com 10 gols a favor e 15 contra. Simeone, de 50 anos, é técnico do Atlético desde 2011 e em nove anos ainda não sentiu a alegria de uma vitória sobre o Barcelona, no campeonato. Bom lembrar: a última vitória do Atlético sobre o Barcelona, no Camp Nou, foi em 5 de fevereiro de 2006 (3 x 1).

CARRASCO – O gol 700 da carreira de Messi – bom repetir, 630 pelo Barcelona, 70 pela seleção argentina – foi o trigésimo segundo que marcou como carrasco do Atlético de Madrid. Dos 32 gols, 26 foram em jogos do campeonato e 12 desde que Simeone é técnico do time da capital. Nunca ter vencido o Barcelona, em jogo do campeonato, é uma das frustrações de Simeone.

LUIS SUAREZ – O atacante uruguaio teve atuação apagada, em jogo em que poderia ter se tornado o terceiro artilheiro da história do Barcelona. Suarez fez 193 gols, menos um que o húngaro Ladislao Kubala – 1927 – 2002 , que disputou 256 jogos, de 1951 a 1961, com 194 gols, e foi eleito melhor jogador dos primeiros 100 anos da história do Barcelona, fundado em 29 de novembro de 1899. Bom dizer: o segundo maior artilheiro, Cesar Rodriguez, jogou de 1939 a 1955 e marcou 232 gols. Messi, 630 gols, maior artilheiro do Barcelona, é o goleador do campeonato com 22 e da temporada 2019-20, com 27 gols em 37 jogos.

MESSI IRRITADO – Muito irritado, Messi foi o terceiro do Barcelona advertido com cartão amarelo, aos 16 do segundo tempo, ao dar um chute na bola, após o árbitro marcar sua falta no lateral brasileiro Renan Lodi. O zagueiro Piqué recebeu cartão por reclamação e o goleiro Ter Stegen, por se adiantar na cobrança do pênalti. Os cinco advertidos do Atlético foram Carrasco, Lemar, Saul Ñíguez, Diego Costa e Felipe, que cometeu o pênalti. O árbitro Alejandro Hernandez, de 37 anos, FIFA desde 2014, apitou seu jogo 145 no campeonato, em que atua desde 2012-13. Ele marcou 26 faltas (15 do Atlético).

Fotos: Barcelona FC e Fox Sports