O River Plate, atual campeão da Libertadores, que ganhou quatro vezes, avançou às quartas de final ao vencer o Cruzeiro – 4 x 2, nos pênaltis -, na noite de ontem (30), no Mineirão, depois de outro 0 x 0, como no jogo de ida em Buenos Aires, onde o River perdeu pênalti que Matias Suarez bateu por cima do travessão nos minutos finais. O segundo empate sem gol deixou evidente o predomínio das defesas, principalmente dos goleiros Fabio e Armani. R$2.464.451,00. 55.567 pagantes.
SÉTIMA ELIMINAÇÃO – Foi a sétima eliminação do Cruzeiro, campeão da Libertadores em 76 e 97, em mata-mata com argentinos, a segunda para o River Plate, que o havia eliminado nas quartas de final de 2015. O Cruzeiro também foi eliminado nas oitavas de final de 2008 pelo Boca Juniors, que antes o derrotou na decisão de 1977, quando tentava ser bi. O Cruzeiro perdeu a final de 2009 para o Estudiantes, que naquele ano ganhou seu quarto e último título. O Cruzeiro foi eliminado nas quartas de final de 2014 pelo San Lorenzo, campeão pela única vez.
DUAS DEFESAS – Ao ganhar o sorteio, o meia Henrique – capitão do Cruzeiro – escolheu o lado onde o campeão mineiro venceu o Flamengo nos pênaltis na decisão da última Copa do Brasil. Henrique foi o primeiro a cobrar e Armani – capitão do River Plate – defendeu à esquerda. De La Cruz 1 x 0 e Fred 1 x 0. Montiel fez 2 x 1 River, batendo no ângulo. Armani defendeu a cobrança rasteira de David no canto direito. Lucas Martinez 3 x 1. Robinho – único a bater no meio do gol – fez o segundo do Cruzeiro e o gol da classificação (4 x 2) do River foi do atacante Borré. Detalhe: todas as cobranças foram de pé direito.
FRANCO ARMANI, goleiro e capitão do River Plate, 1,89m, tem 32 anos e nasceu em Casilda, província de Santa Fé, em 16 de outubro de 1986, ano em que o time ganhou pela primeira vez a Libertadores. Armani foi campeão da Libertadores pela primeira vez em 2016 com o Nacional de Medellin e ganhou a segunda em 2018, quando River e Boca fizeram a decisão inédita no estádio do Real Madrid, depois que o ônibus do Boca foi apedrejado por torcedores do River, tornando Buenos Aires sem clima para o jogo.
RIVER PLATE – Armani (cap), Montiel, Rojas, Lucas Martinez e Casco; Ponzio (Palacios, intervalo), Enzo Perez, Carrascal e Fernandez (De La Cruz, 26 do segundo tempo); Lucas Pratto (Matias Suarez, 20 do segundo tempo) e Borré. Técnico –Marcelo Gallardo, tratado pelos torcedores pelo apelido de Muñeco (Boneco). 36 vezes campeão argentino, o River Plate ganhou a Libertadores em 1986, 1996, 2015 e 2018, e foi campeão mundial de clubes, invicto, em 86. Nasceu no River, nos anos 40, o que é considerado o maior jogador argentino de todos os tempos, Alfredo Di Stéfano, pentacampeão europeu no Real Madrid, que também o considera seu melhor jogador e o condecorou com o título de Presidente de Honra do Real Madrid.
CRUZEIRO – Fabio, Orejuela, Dedé, Leo e Egídio; Ariel Cabral (Robinho, 15 do segundo tempo), Henrique (cap), Lucas Romero e Tiago Neves; Marquinhos Gabriel (David, 40 do segundo tempo) e Pedro Rocha (Fred, 27 do segundo tempo). Técnico – Mano Menezes. Campeão mineiro de 2019, o Cruzeiro agora se divide entre a semifinal da Copa do Brasil – primeiro jogo com o Inter, dia 7, no Mineirão – e o Brasileirão. Décimo sexto com 10 pontos em 12 jogos, fará o clássico da décima terceira rodada com o arquirrival Atlético, domingo (4), no Estádio Independência.
TRÊS CARTÕES – Cruzeiro 0 x 0 River teve atuação correta do árbitro Roberto Tobar, da Federação Chilena, que só aplicou três cartões amarelos, todos no segundo tempo. Enzo Perez, aos 19, por falta em Henrique; Lucas Romero, aos 30, por falta em De La Cruz, e Carrascal, aos 34, por falta em Lucas Romero. Os níveis técnico e disciplinar do jogo foram bons. No final, troca recíproca de aplausos entre os jogadores e os torcedores do Cruzeiro, que reconheceram o empenho do time.
Foto: Gaúcha ZH