Primeiro brasileiro bicampeão, vencendo o Peñarol em 1962 e o Boca em 1963, o Santos só voltou a ganhar a Libertadores 48 anos depois, ao vencer de novo o Boca, na decisão de 2011. Neste sábado (30), no Maracanã, tenta ser o recordista brasileiro com quatro títulos da Libertadores, superando São Paulo e Grêmio, com três. O Palmeiras, em sua sexta final, busca apenas o segundo título para se igualar ao Cruzeiro, Flamengo e Internacional, após ter sido campeão no já bem distante 1999.

INSPIRAÇÃO – A Confederação Sul-Americana de Futebol inspirou-se no Torneio dos Campeões de 1948, no Chile, que o Vasco ganhou invicto, no ano do seu centenário, para criar a Copa Libertadores em 1960. A taça foi criada pelo designer peruano Alberto Gasperi, pesa dez quilos e tem 99 centímetros de altura, sendo 35 do pedestal de cedro, incluído para fixar as placas de metal com os escudos dos campeões e os respectivos anos de suas conquistas.

RECORDISTAS – Os maiores vencedores são o Independiente, sete vezes campeão e único em quatro vezes consecutivas, e o Boca, seis vezes campeão, principais responsáveis pelos 25 títulos argentinos. Ganhador das duas primeiras Libertadores, em 1960 e 1961, o Peñarol – sempre base da seleção do Uruguai – tem o maior artilheiro, com 54 gols, o atacante equatoriano Alberto Spencer, que também disputou o torneio pelo Barcelona, do Equador.

BRASILEIRO – O ex-atacante Luisão, campeão em 1998 com o Vasco, é o maior artilheiro brasileiro da Libertadores, com 29 gols, incluídos os que marcou pelo Grêmio, São Paulo e Corinthians, em 2000, quando foi o melhor jogador e o artilheiro com 15. O futebol brasileiro não participou três vezes, em 1966, 1969 e 1970, justificando a ausência pela violência dos jogos. Boca e Sporting Cristal (Peru) fizeram o jogo com mais expulsões (19) de toda a história da Libertadores, em 1971, na Bombonera.

O CAMPEÃO – Entre os cinco brasileiros eleitos melhores do mundo – Romário, Rivaldo, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Kaká -, só Ronaldinho Gaúcho conseguiu ser campeão da Libertadores, em 2013, pelo Atlético Mineiro. Junto com o goleiro Victor, que teve atuações excepcionais, incluídas as defesas de pênaltis, Ronaldinho Gaúcho foi escolhido como símbolo do time. Depois de brilhar no PSG e no Barcelona, ele próprio diz ter vivido no Atlético uma das melhores fases da carreira.

TRISTEZA – Entre os episódios tristes da Libertadores, a morte do jovem boliviano Kevin Espada, torcedor do San José, da cidade de Oruro, atingido por um rojão de torcedores do Corinthians, no estádio Jesus Bermudez, em 2014. A agressão dos torcedores do River, antes da final de 2018, atirando pedras no ônibus do Boca a caminho do estádio. O jogo teve que ser disputado no Santiago Bernabeu, estádio do Real Madrid, por absoluta falta de segurança em Buenos Aires.

COINCIDÊNCIA – O Boca foi campeão da Libertadores em 1978, ano em que a Argentina organizou e ganhou a primeira Copa do Mundo. Oito anos depois, o River foi campeão da Libertadores em 1986, ano em que a Argentina voltou a ser campeã do mundo, com Diego Maradona se destacando como o melhor da Copa, a segunda realizada no México.

BOM LEMBRAR – O goleiro Marcos, reverenciado pela torcida como um dos melhores da história do Palmeiras, e campeão da última Copa do Mundo que o Brasil ganhou em 2002, foi o único a receber três prêmios na Libertadores de 1999, única que o Palmeiras conquistou: o jogador revelação, o de melhor da final (com o Deportivo Cali, da Colômbia) e o de melhor jogador.

CONVIDADOS – A Confederação Sul-Americana abriu exceção e convidou times mexicanos, que participaram da Libertadores de 1998 a 2016. Nenhum dos dezoito conseguiu ser campeão, embora três tenham disputados finais: o Cruz Azul, da Cidade do México, que perdeu a de 2001 para o Boca; o Chivas, de Guadalajara, derrotado na final de 2010 pelo Internacional, campeão pela segunda vez, e o Tigres, de Nuevo Leon, que perdeu a decisão de 2015 para o River.

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